Paulo André analisa queda de produção e não reprova patrulha nas baladas

Danilo Vieira Andrade

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Paulo André participa de coletiva após o treino (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)

Uma entrevista coletiva de Paulo André nunca é rápida. E também jamais haverá pergunta sem resposta para o zagueiro que, na manhã desta quarta-feira, falou sobre diversos assuntos relacionados ao dia a dia do Corinthians, que tem remotas chances de ir à Libertadores 2014 e vive um momento complicado no Brasileirão.

A queda de produção da equipe foi o assunto principal. E, por diversas vertentes, o camisa 13 tentou explicar porque o atual campeão mundial diminuiu tanto seu ritmo nos últimos meses, sendo um dos piores da competição nacional no segundo turno e eliminado da Copa do Brasil nas quartas de final, quando a expectiva era de chegar à decisão.

Na visão de Paulo André, a saída de jogadores e a reposição com dificuldade de peças que eram fundamentais foram causas para a queda de produção.

– Eu acho que a gente perdeu peças de reposição com lesões, Renato era fundamental no esquema e na formação do elenco, o Pato era um grande reforço, quando jogou foi o que mais fez gol no ano, se esperava mais dele publicamente. Perdemos Chicão, Jorge Henrique e Paulinho que foram campeões mundiais, as peças que foram contratadas para substtuir não conseguiram nos ajudar como gostariam. Não foi algo gigantesteco, e sim, pequenas situações que juntas fizeram isso. Muitas coisas foram tentatadas, mas nem tudo deu certo. Estamos expostos, é o Corinthians, mas é humano e normal ter um momento de baixa, se não valer um crédito de quase três anos… – afirmou o zagueiro, que ainda fez um paralelo com o mesmo período em 2012.

– No ano passado foi mais tranquilo, era a reta final para estar 100% no Mundial, a equipe jogava sozinha, não havia pressão, era ainda mais fácil. Hoje, o sistema não é tão sincronizado, os adversários sabem o que fazemos, e eu acho que, como um bom guerrero e atleta que sou, não desistirei nunca. Enquanto houver chance matemática, há um caminho. Se lá na frente não der, teremos feito o nosso melhor – completou, falando da chance de ir à Liberta.

Na visão de alguns torcedores que pertencem às torcidas organizadas, a culpa pela queda de produção está relacionada ao exagero fora de campo. Há cerca de 15 dias, há uma patrulha nas principais baladas para monitar quem abusa. Paulo André não se colocou contrário à medida e lembrou que todos os jogadores devem ter responsabilidade de saber o momento de sair, ainda mais pelo salário que ganham e pela importância de ser um representante da torcida alvinegra.

– Eu acho que eles estão no direito de fazer a manifestação que quiserem, eu faço as coisas na minha casa, não vou para a balada. Para se receber o salário que recebe no Corinthians, deve saber da responsanilidade, deve saber que tem 30 milhões de pessoas tem o dia mais feliz ou mais triste depois de um resultado. Quem entende isso deve focar no trabalho, há momentos para tudo na vida. Tem hora de treinar e jogar, deve-se respeitar o torcedor trabalhando e ficando em casa. Um deles (motivos para a queda) pode ser esse descuido fora de campo, que a gente se elimine isso, que pode não ser o foco principal pela queda da equipe – finalizou.

Fonte: Lancenet