Por contrato, o Corinthians tem 13 anos para pagar o financiamento de R$ 400 milhões que adquiriu junto ao BNDES para a construção de seu estádio – o anúncio da assinatura do contrato foi feito na sexta-feira. Mas os planos alvinegros são bem diferentes.
“A ideia é utilizar todas as receitas do estádio, como camarotes, naming rights e publicidade para acabar com a dívida em quatro anos”, revela o conselheiro Cármino Pepe. “Toda a operação financeira está registrada na ata da última reunião e foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo.”
A pressa corintiana tem explicação. “Quanto menos tempo, menos juros vamos pagar”, analisa o conselheiro. “Por isso que a maioria dos contratos do estádio terá quatro anos de duração. A única exceção é o naming rights”, ressalta, referindo-se à negociação sobre a exploração do nome da arena, que deverá durar entre 15 e 20 temporadas.
Andrés Sanchez fez os conselheiros corintianos acreditarem que, com a quitação rápida, o clube terá receitas suficientes para brigar com Barcelona, Real Madrid e os grandes europeus pelo status de maior clube do mundo.
“Todo lucro a partir de 2020 será utilizado na montagem do time. O que isso quer dizer? Que teremos capacidade para bancar uma folha salarial de R$ 20 milhões por mês e poderemos comprar o jogador que quisermos no exterior”, finaliza Pepe, entusiasmado com as palavras de Andrés.
O Timão terá três anos para começar a pagar pelo empréstimo, ou seja, até dezembro de 2016. Para ter o financiamento aprovado, o clube deu o prédio administrativo no Parque São Jorge como garantia bancária.
Fonte: Blog do Jorge Nicola