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O jornalista Rica Perrone é tricolor declarado. Famoso por suas opiniões fortes e de vez em quando polêmicas, o são paulino foi muito bem na análise da partida do Corinthians diante o Cerro Porteño.
O Corinthians foi derrota pelo placar de 3 a 2 e teve dois jogadores expulsos. Nas redes sociais, a torcida criticou muito a atuação do time. Rica foi no caminho contrário e publicou o seguinte texto:
Por favor, mais cautela e menos manchetes. O Corinthians que perdeu para o Cerro é um time pouco discutível, sem nenhuma polêmica e ser avaliada com estardalhaço e que mesmo se tivesse os 11 em campo, não poderia considerar esse resultado um absurdo.
Quando é Corinthians se joga para o alto na mesma proporção que se atira na lama pra vender. Mas senhores, tenhamos um pingo de equilibrio: Desde junho de 2015 o Corinthians perdeu para o Santos na Copa do Brasil, para o Inter em Porto Alegre, para o Sport lá quando já tinha sido campeão e cumpria tabela, e para o Santos domingo com time reserva.
Aí acontece de por erros individuais o time perder no Paraguai para o Cerro Porteño por dignos 3×2 e vamos discutir tática, Tite, mudanças, posicionamento?
Por favor, estamos falando de um jogo entre dois times grandes, tradicionais, na casa dos caras, com 2 jogadores a menos. Com 11, fosse um 3×2 para o Cerro, nada demais teria acontecido. É normal perder lá. Com 9, chega a ser absurdo qualquer tipo de discussão sobre algo tático e técnico.
Não há indícios de crise, de problemas consideráveis, nada. O Corinthians se vira muito bem até aqui com a brutal perda em relação a 2015, ainda é um time muito organizado taticamente, mas ainda é um time de seres humanos que tem dias ruins. Ontem André e Rodriguinho tiveram o seu dia.
Eu trabalho com futebol há 20 anos. Eu nunca vi um treinador treinar uma equipe para jogar com 9. Com 10 até vi uma vez ou outra, mas com 9… não existe.
Tite é um grande técnico. Não um mágico. O Corinthians titular, com 11, segue invicto há muito tempo. Não cabe a este trabalho qualquer princípio de contestação.
Abraços,
RicaPerrone
