Surto de doença rara no Peru faz Luxa desabafar sobre jogo de volta

Danilo Vieira Andrade

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O Corinthians trabalha internamente com uma preocupação relevante: a viagem ao Peru na próxima semana para o jogo de volta do playoff da Sul-Americana ficou perigosa por conta de um surto de uma doença rara e grave.

Luxa fala sobre o surto da síndrome de Guillain Barré que ocorre no Peru. O Ministério da Saúde do Brasil monitora a situação do país vizinho, mas faz a ressalva que a doença não é contagiosa de pessoa para pessoa.

O comandante alvinegro revelou que profissionais da imprensa tiveram a ida ao Peru cancelada, mas os jogadores não. Luxa pede para que isso seja repensado.

“Quero fugir um pouco do assunto e dizer que não houve preocupação. O Peru é coirmão. Já fui diversas vezes ali, muito agradável. Mas, independentemente do país, um surto é um surto. Qualquer país com isso, se há decreto, tem que ser respeitado. Nós não somos cobaias. Cancelaram a ida dos profissionais da imprensa. Quem é o responsável por nós viajarmos lá e nos contaminarmos? Quem permitiu o jogo? Há um decreto federal do Ministério da Saúde e isso precisa ser respeitado. É um problema muito sério”, iniciou Vanderlei.

Na visão do treinador, a Conmebol deveria mudar a partida de país pensando na saúde dos atletas e dos profissionais do Corinthians.

“Não queremos deixar de jogar, mas é preciso ter responsabilidade para não colocar em risco a nossa saúde. A imprensa não estará. Por que não muda de país? Não é brincadeira. Por que no futebol sempre precisa de algo grave para ter mais responsabilidade nas decisões? Se eu não for para cuidar da minha saúde, serei criticado. Tenho que me expor e expor a equipe? Precisam de responsabilidade. É preciso ter coerência e equilíbrio. São seres humanos. Legal se minha mulher ficar viúva. Quem vai ser o responsável? Aqui não tem nada a ver com país. Belíssimo”, concluiu.

O que é a síndrome de Guillain-Barré?

A síndrome de Guillain-Barré (SGB), também conhecida como polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda, é uma doença rara do sistema nervoso que afeta os nervos periféricos. A condição é caracterizada por inflamação e danos à mielina, que é a camada protetora que envolve os nervos.

A SGB é considerada uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo erroneamente ataca os próprios tecidos saudáveis do sistema nervoso. Geralmente, a síndrome se desenvolve após uma infecção viral ou bacteriana, embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida.

Os sintomas da síndrome de Guillain-Barré geralmente começam com fraqueza muscular e formigamento nas extremidades, como mãos e pés. A fraqueza pode se espalhar para os músculos do tronco e do rosto, afetando a respiração, a deglutição e a fala. Em alguns casos graves, a SGB pode levar à paralisia dos músculos respiratórios, exigindo assistência respiratória.

O diagnóstico da SGB é feito através da avaliação dos sintomas, exames neurológicos e testes, como a eletroneuromiografia, que avalia a velocidade de condução dos impulsos elétricos nos nervos.

Embora a síndrome de Guillain-Barré seja uma doença séria e potencialmente debilitante, a maioria das pessoas se recupera com o tempo. O tratamento geralmente envolve a administração de imunoglobulinas intravenosas ou plasmaférese para reduzir a resposta autoimune e acelerar a recuperação. A fisioterapia e a reabilitação também desempenham um papel importante no processo de recuperação.

É importante procurar atendimento médico imediato se você desenvolver sintomas sugestivos de síndrome de Guillain-Barré, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a melhorar os resultados e reduzir as complicações.