Mais um ano de sofrimento?

Roberto Zanin

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A pergunta do título acima, que não quer calar, espreita minha mente desde ontem.

E o “sim” parece ser a resposta.

Mas, Zanin, você não pode prever o que vai acontecer; a péssima partida contra o Racing não significa que será assim até o fim do ano.

Claro, a chegada de mais reforços (reforços de verdade) e a mudança do esquema tático com a consequente mexida na escalação, podem melhorar o quadro atual.

Temos alguns problemas estruturais, criados pela montagem do elenco.

Contratamos um atacante de referência, Pedro Raul, que é fraco. Pode ser útil apenas ficando no banco para entrar no final, com o time perdendo, para jogarmos bola na área.

Trouxemos dois laterais esquerdos e não temos nenhum. Espero que o Palácios se recupere e mostre serviço. Pareceu ser bom no apoio, mas fraco na marcação. A ver.

Com várias opções no mercado, trouxemos Cacá, zagueiro que nunca me inspirou confiança e que ontem falhou feio no gol dos caras. Estica a perna, cara!

O meio de campo é um deserto de ideias. Deserto pelos espaços deixados e sem criatividade já que o bom Garro é o único articulador. Ontem, sufocado pela marcação e pelas bordoadas, pouco pode fazer, apesar da assistência para o gol de Yuri Alberto.

Aliás, acertando e errando, Yuri é centroavante. Isso coloca António Oliveira na parede. Insistir com esse esquema significa abrir mão de Coronado (quando estiver curado) e Garro juntos, o que daria mais criatividade ao time.

Um 4-4-2, ou até um 3-5-2, o que liberaria Fagner e Palácios para atacar, também poderia ser testado.

A verdade é que do jeito que está não pode ficar.