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As dez vitórias mais marcantes nas penalidades na história do Corinthians

Pedro Nogueira Heiderich

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O portal É o Time do Povo traz no especial de hoje o levantamento com as dez vitórias mais marcantes do Corinthians nos pênaltis durante a história.

Selecionamos as melhores decisões por penalidades vencidas pelo Timão desde a sua fundação. Goleiros históricos do Timão como Tobias, Dida, Felipe, Cássio e Hugo Souza foram os protagonistas debaixo do gol destas vitórias do top 10.

Os goleiros foram importantes para a vitória nos pênaltis, mas é preciso exaltar também os jogadores que converteram suas cobranças, demonstrando frieza e qualidade em jogos tão decisivos.

Paulista 2018
Paulista de 2018: título após vitória no jogo e nos pênaltis em pleno Alianz Parque. (Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians)

O top 10 do É o Time do Povo conta com duas decisões em finais e cinco em semifinais. Dentre as vítimas, além dos três rivais de São Paulo, adversários inter-regionais como Vasco, Botafogo, Fluminense e Atlético Mineiro e até internacionais como o Boca Juniors.

Volte ao tempo para relembrar o nervosismo e a comemoração em cada decisão por pênalti marcante da história do Corinthians

1° – Final do Mundial contra o Vasco (2000)

A vitória mais marcante nas penalidades na história do Corinthians é na final do Mundial de Clubes de 2000, no Maracanã. O Timão, bi campeão brasileiro, comandado por Oswaldo Oliveira e o Vasco (de Juninho, Edmundo e Romário) superaram Real Madrid e Manchester United em seus grupos e avançaram à final.

O lendário time de Vampeta, Rincón, Marcelinho e Edílson e companhia ficou no empate sem gols com o time carioca no tempo normal e na prorrogação e o jogo foi para os pênaltis. O capitão Rincón abriu as cobranças, com susto: a bola bateu na trave, mas entrou depois. Romário empatou para o Vasco após Dida quase pegar.

Fernando Baiano fez o segundo para o Timão e Alex Oliveira igualou. Luizão colocou o Coringão na frente outra vez e em seguida, Dida defendeu penalidade de Gilberto. Edu superou o goleiro Hélton e fez 4 a 2. Viola manteve o Vasco vivo e diminuiu.

Era só Marcelinho fazer, mas Hélton defendeu. Edmundo teve a chance de levar a decisão para as cobranças alternadas, mas bateu para fora e o Corinthians sagrou-se campeão mundial.

2° – Final do Paulista contra o Palmeiras (2018)

A outra final da lista também foi conquistada fora de casa. Pelo Campeonato Paulista de 2018, o Corinthians vinha de derrota em casa por 1 a 0 para o Palmeiras, e precisava reverter o resultado no Alianz Parque. Embora fosse na época o atual campeão estadual e brasileiro, a mídia colocava o rival como favorito na final.

Mas, o Timão gosta de desafio. E de emoção. Após jogada de Mateus Vital, Rodriguinho fez 1 a 0 no início do jogo, calando a torcida palmeirense. O Corinthians de Fábio Carile se segurou e conseguiu levar a decisão para as penalidades. O capitão do Palmeiras, Dudu, começou cobrando e Cássio defendeu o pênalti.

Tensão no Alianz Parque, que aumentou com Danilo fazendo 1 a 0. Victor Luís empatou para o time da casa, e Romero converteu após a bola bater no travessão: 2 a 1 Coringão. Lucas Lima bateu e Cássio pegou mais uma. Lucca aumentou a vantagem do Timão. Marcos Rocha diminuiu.

Fagner teve a chance de acabar com a decisão, mas bateu para fora. Moisés empatou, mas o Corinthians ainda dependia só de si. E foi dos pés de Maycon que saiu o gol do bicampeonato Paulista do Todo Poderoso.

3° – Semifinal do Paulista contra o São Paulo (2013)

Em 2013, o Corinthians, que acabava de ganhar Libertadores e o Bi Mundial no ano anterior, tentava voltar a vencer o Paulistão, o que não acontecia desde 2009 e aconteceu naquele ano. Os comandados por Tite tinham pela frente, em jogo único, no Morumbi, o São Paulo, dono da melhor campanha da primeira fase.

O jogo terminou sem gols e foi para as penalidades em um duelo de gerações de Cássio contra Rogério Ceni. O goleiro são-paulino começou batendo e converteu. Douglas cobrou o primeiro do Corinthians e fez 1 a 1.  Rafael Tóloi fez 2 a 1 para o São Paulo e Romarinho igualou o marcador.

Ganso bateu pra fora e Fábio Santos colocou o Timão na frente. Jadson empatou para o time da casa e Alessandro bateu seu pênalti na trave, deixando tudo igual de novo. Mas Cássio pegou a cobrança de Luis Fabiano, dando a chance de Alexandre Pato garantir a vaga corinthiana na final. E o atacante do Coringão errou a cobrança, mas Rogério Ceni se adiantou (e muito) e o juiz mandou voltar. Pato fez e deu Timão: 4 a 3.

4° – Semifinal do Paulista contra o Santos (2019)

Em 2019, o Corinthians teve o Santos pela frente na semifinal do Campeonato Paulista na jornada pelo tricampeonato estadual.  O Timão de Fabio Carile venceu em casa na ida por 2 a 1, e na volta foi derrotado na Vila Belmiro por 1 a 0, levando a decisão para as penalidades, em mais uma vitória marcante do Timão.

O Corinthians foi resiliente e conseguiu levar a partida para os pênaltis em grande jogo de Cássio. Boselli começou errando e Vanderlei defendeu, Para piorar, Rodrygo fez 1 a 0 para o Santos. Vágner Love marcou o primeiro do Timão e Kaio Jorge acertou a trave. Tudo igual. Ramiro convertou e Soteldo descontou.

Júnior Urso e Fagner acertaram as últimas do Coringão, assim como Carlos Sánchez e Derlis Gonzáles pelo Santos. As penalidades foram para as cobranças alternadas. Sornoza fez para o Timão, Diego Pituca empatou. Danilo Avelar marcou, Alisson igualou. Henrique fez o dele e Victor Ferraz bateu na trave: 7 a 6 Timão.

5° – Semifinal do Paulista contra o São Paulo (2018)

Outra vitória marcante do Corinthians nos pênaltis é da semifinal do Campeonato Paulista de 2018, contra o São Paulo, em mais um jogo emocionante. O time de Carile tinha perdido a ida no Morumbi por 1 a 0 e precisava da vitória –  que só veio nos acréscimos, com gol de cabeça de Rodriguinho em escanteio.

Do jeito Corinthians. Nos pênaltis, com a Fiel aliviada e ao lado, Mateus Vital converteu o primeiro. Diego Souza reencontrou Cássio e sentiu: o ídolo do Timão defendeu na primeira oportunidade. Rodriguinho bateu, mas Sidão defendeu. Lucas Fernandes empatou para o São Paulo. Claysson fez 2 a 1 e Bruno Alves igualou.

Pedrinho colocou o Corinthians na frente e Reinaldo fez 3 a 3. Maycon manteve o Todo Poderoso vivo e Éder Militão convertou, levando a série para as penalidades alternadas. Danilo marcou e Liziero tinha que fazer para o São Paulo, mas Cássio defendeu. A bola ainda bateu no travessão depois. 4 a 3 Timão classificado.

6° – Semifinal do Brasileiro contra o Fluminense (1976)

O sexto lugar é de um jogo histórico, da Invasão Corinthiana no Rio de Janeiro. Em 1976, pelo Campeonato Brasileiro, o Corinthians tinha pela frente o Fluminense, apelidado de Máquina Tricolor, liderado por Rivellino, ídolo do Timão que tinha saído um ano antes do alvinegro paulista para jogar no time carioca.

Após provocação da diretoria do Fluminense, mais de 70 mil corinthianos compareceram ao Maracanã para torcer pelo Timão do técnico Duque, que tinha um time modesto, mas aguerrido. No campo, Pintinho fez 1 a 0 para o time da casa, mas Ruço empatou ainda no primeiro tempo. O jogo seria decidido nos pênaltis.

Neca abriu o marcador para o Corinthians. Rodrigues Neto bateu e Tobias pegou, mas o juiz mandou voltar após o goleiro adiantar. Ele bateu e Tobias pegou de novo, desta vez o lance foi legal. Ruço ampliou para o Timão. Carlos Alberto Torres cobrou o segundo do Flu e Tobias pegou de novo. Moisés fez 3 a 0 para o Timão.

Doval enfim marcou um gol de pênalti para o Fluminense. Quis o destino que a cobrança da classificação fosse de Zé Maria, o Super Zé. Ele não decepcionou: 4 a 1 para o Todo Poderoso, classificado no Maracanã.

7° – Semifinal da Copa do Brasil contra o Botafogo (2008)

Em 2008, em um dos anos mais difíceis da história do Corinthians, disputando a Série B do Brasileiro após ser rebaixado pela primeira vez desde a fundação, o Timão decidia vaga na final da Copa do Brasil contra o Botafogo, contrariando as expectativas. O time de Mano Menezes perdeu na ida fora por 2 a 1.

Na volta, no Pacaembu, Acosta fez 1 a 0, mas Renato Silva empatou o jogo. Chicão, de falta, botou o Corinthians no jogo. A rede não balançou mais e a decisão foi para os pênaltis. O goleiro do Todo Poderoso, Felipe, ficou de costas nas cobranças do Timão e o ritual deu certo nas penalidades: ele foi o herói da noite.

Chicão, Herrera, Nilton e Alessandro fizeram para o Corinthians e Lúcio Flávio, Alexsandro, André Luís e Jorge Henrique para o Botafogo. Acosta deu a vantagem final ao Timão e Felipe pegou a última cobrança, de Zé Carlos, com direito à bola batendo na trave depois do desvio do goleiro: 5 a 4 e vaga na final.

8° – Oitavas da Libertadores contra o Boca (2022)

Em 2022, um Corinthians desfalcado viajou para a Argentina para tentar se classificar contra o Boca Juniros nas oitavas da Libertadores, após empate sem gols na Arena Itaquera. Para piorar, no começo do jogo, na La Bombonera lotada, pênalti para o time argentino. Benedetto bateu na trave, dando esperanças ao Timão.

Com nove desfalques, o Coringão do técnico Vítor Pereira conseguiu chegar aos pênaltis. Marcos Rojo fez 1 a 0 e Fábio Santos empatou. Izquierdo fez Boca 2 a 1 e Cantillo igualou. Villa bateu e Cássio pegou. Raul Gustavo tinha a chance da vantagem, mas o goleiro argentino Rossi defendeu.

Pol Fernandéz voltou a dar vantagem ao Boca e Bruno Mello também parou em Rossi. Parecia que não ia dar. Entretanto, Benedetto errou de novo: bateu para fora. Róger Guedes fez o dele e garantiu as alternadas. Óscar Romero fez para o Boca e Roni empatou. Varela e Lucas Piton também converteram.  Cássio pegou o de Ramírez. Era só Gil fazer. Ele chuta fraco, Rossi desvia, mas ela entra e o Corinthians garante a vaga fora.

9° – Oitavas da Copa do Brasil contra o Atlético Mineiro (2023)

Em 2023, o Corinthians tinha o Atlético Mineiro como adversário das oitavas da Copa do Brasil, decidindo na Neo Química Arena, após perder por 2 a 0 na ida em Belo Horizonte. Poucos acreditavam no time de Vanderlei Luxemburgo, que conseguiu devolver o placar com gols de Matheus Bidu e Róger Guedes.

Hulk começou cobrando e Cássio manteve a escrita de defender pênaltis dos melhores jogadores dos adversários, levando a Fiel à loucura. Fábio Santos converteu o dele e fez 1 a 0 Timão. Edenílson, ex-Corinthians, cobrou no travessão e Yuri Alberto perdeu a penalidade após defesa de Éverson.

Paulinho empatou para o Atlético e Fausto Vera fez 2 a 1 para o alvinegro paulista. Battaglia isolou a cobrança para fora e novamente coube à Maycon converter sua cobrança para o Corinthians vencer e ele fez: 3 a 1.

10° – Oitavas da Copa Sul-Americana contra o Red Bull Bragantino (2024)

Em 2024, lutando para não cair no Brasileirão, o Corinthians de Ramón Díaz enfrentou o Red Bull Bragantino na Copa Sul-Americana, com time misto. Mesmo assim, venceu na ida fora, por 2 a 1. Na volta, em Itaquera, o Timão saiu na frente com Garro, mas viu o time do interior virar o jogo e quase fazer o terceiro e avançar.

Mas o goleiro recém-chegado Hugo Souza, que havia acabado de ser decisivo na classificação da Copa do Brasil contra o Grêmio nos pênaltis, tinha uma nova oportunidade de mostrar seu trabalho nos pênaltis.

Garro começou batendo as penalidades e fez o dele. Eduardo Sasha empatou para o Bragantino. André Ramalho isolou e Lucas Evangelista deixou o time visitante na frente. Matheus Bidu diminuiu. Luan ampliou, 3 a 2. Pedro Henrique empatou para o Timão. Tiago Borbas fez 4 a 3 e Wesley igualou o marcador.

Gustavinho tinha que errar para garantir as cobranças alternadas. E Hugo Souza apareceu. Defendeu a cobrança e a torcida explodiu na Neo Química. Ryan também isolou e o Timão ia precisar de novo do goleiro. E ele defendeu de novo, no mesmo canto, cobrança de Douglas Mendes . Gustavo Henrique enfim fez para o Corinthians, 5 a 4. E Guilherme parou em Hugo, que pegou três pênaltis seguidos para classificar o Timão.