Surreal porque um dilema, por definição, surge quando há duas alternativas semelhantes e ambas têm atrativos.
No caso em tela, não. De um lado, temos décadas de uma gestão amadora, incompetente e, segundo o Ministério Público, com problemas mais graves.
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Do outro, corinthianos que não precisam do clube, com expertise em gestão, que não querem ser donos do Timão e conceberam um projeto quase irretocável para tirar o Corinthians do limbo e elevá-lo às alturas.
De um lado, conselheiros que usam antolhos que limitam sua visão até os muros do Parque São Jorge. Confundem o Corinthians cá de fora, gigantesco, com o Corinthians lá de dentro, de panelinhas, fofocas e pequenos privilégios.
De outro, gente que sabe o potencial quase infinito que temos se houver uma gestão profissional e técnica do clube.
Se Romeu Tuma Jr quis sabotar a Safiel marcando a apresentação da reforma do estatuto para a véspera do anúncio do projeto, deu um tiro pé.
Quem assistiu à ambas, em um intervalo de 24 horas, percebeu a gritante diferença entre modernidade e obsolescência. Entre o mundo real e o paralelo. Enquanto Tuma abordou algumas questões importantes e muitas irrelevantes, com pronúncia e áudio sofríveis, os mentores da Safiel demonstraram profissionalismo e soluções para os problemas estruturais do clube. Foram além do que os políticos costumam fazer. Não apenas falaram sobre O QUE fazer, mas COMO fazer.
Nesse cenário, é irritante observar a postura dos que aparentam ser isentões (mas tem lado):“veja bem, agora há a possibilidade de outros modelos de SAFs, temos que ter calma, vamos analisar as outras propostas que devem surgir, blá, blá, blá”.
Atenção isentões e inimigos da Safiel (inclusive ídolos do passado): “Nós não temos tempo! A dívida aumenta 40 mil reais por hora. O que vocês querem? Mais transferbans e rebaixamento (ou, no máximo, continuarmos fugindo do Z4), além da desgastante atividade de continuar tendo que secar nosso rival?
Vocês, diretores do clube, já tiveram bastante tempo. Tempo no qual as alegrias dos títulos e do sonho da nossa Arena eram apenas a ponta do iceberg das dívidas, (muitas injustificáveis, como altos investimentos em jogadores ruins, cartões corporativos, atletas vendidos a preço de banana, etc.).
De um lado temos um projeto pronto (claro que pode até ser melhorado), bem estruturado, que não vende o Corinthians e blinda o futebol.
Do outro, não temos nada. Aliás, 3 bilhões de reais a menos do que nada.
Inexplicável ( e imperdoável) o clube não ter querido nem ao menos ouvir a proposta.
Mas há uma esperança. Ao contrário de outros clubes, o Corinthians tem DNA. Ele nasceu do povo, pelo povo e para o povo.
E nosso povo faz a hora, não espera acontecer.
Se o Corinthians não renascer de dentro para fora, renascerá de fora para dentro. Será inevitável.
*A opinião do blogueiro não reflete necessariamente a posição do portal.









