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A dificuldade do Corinthians em conseguir quitar as dívidas que fez construindo a Arena, deve obrigar o clube a fazer o que Andrés Sanchez havia dito lá em que não faria: alugar o estádio para shows e eventos de grande porte.
Com apenas 10% dos Certificados de Incentivo e Desenvolvimento (CIDs) vendidos e com dificuldade enorme de encontrar uma empresa para se tornar naming rights do estádio, o Timão mudou de ideia e agora avalia a possibilidade. Lúcio Blanco, gestor do empreendimento, explicou como seria feito os shows.
“Estamos primeiro fazendo um estudo de viabilidade porque precisamos de tudo documentado. A World Sports, que é responsável pelo gramado, tem de me garantir que não vai ter problema. O cara que fez o projeto de instalação tem de me garantir que não vai dar problema. E quem for fazer o show tem de me garantir que não vai estragar a estrutura”, disse.
Vale destacar que o Corinthians terá um problema caso resolve sediar eventos de grande porte na Arena: Itaquera. Localizada na zona leste de São Paulo, o bairro fica há 22 quilômetros do centro. Além disso, o metrô deixa de funcionar por volta de meia-noite, o que impossibilitaria a locomoção de pessoas. Concorrências com o Morumbi, e Allianz Parque, que já recebem esse tipo de evento há algum tempo, também são fatores problemáticos.
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| O rapper Emicida agitou o público em show no estacionamento da Arena |
“Costumo dizer que isso está ligado ao tamanho do cheque. Se eu for fazer um evento que vão utilizar o campo de jogo e a empresa quiser locar o espaço, eu vou fazer conta. Só vamos utilizar o campo quando tivemos certeza que não vai prejudicar o jogo, o campo, que é o principal. Esse é o trabalho que estamos fazendo”, afirmou Blanco.
O Corinthians chegou a receber alguns shows no estádio. A cantora Ivete Sangalo realizou show a beira do gramado, mas que contou com público de pouco mais de três mil pessoas. Entretanto, quando Criolo e Emicida estiveram no estacionamento da Arena cantando para o público, 20 mil pessoas acompanharam o evento.
O gramado é considerado um dos fatores mais decisivos para tudo sair como o planejado. Blanco revelou que haverá uma troca em dezembro deste ano.
“Precisa trocar. Vai criando um limo que prejudica o desempenho do campo. Temos um mapa hoje que mostra onde são as áreas que ficam mais úmidas. Há uma série de questões técnicas que nos mostram que precisa ser trocada”, finalizou.
