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Foto: Reprodução |
O protesto acontece poucas horas após a derrota corinthiana diante do rival Palmeiras, por 2 a 0, em plena Neo Química Arena, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro de 2020. O time de Tiago Nunes foi amplamente dominado pelo arquirrival e finalizou o confronto com dois jogadores a menos.
O segundo trecho da nota dos Gaviões critica a Polícia Militar do estado de São Paulo, responsável por retirar faixas provocativas ao Palmeiras de dentro do estádio corinthiano poucas horas antes da partida. Os torcedores também questionam a agressão ocorrida nos protestos pós-jogo.
VEJA NOTA COMPLETA ABAIXO:
Após o término da partida de ontem (10), os Gaviões organizaram um protesto em Itaquera para dar um necessário e urgente recado ao elenco, comissão técnica e diretoria do Corinthians.
A paciência acabou!
Meses atrás estivemos reunidos de forma pacífica com elenco, comissão técnica e diretoria, onde em uma conversa franca expusemos nossas insatisfações e cobranças, mas reiterando nosso total apoio. Como deixamos claro na ocasião, nossa cobrança não seria por título, mas que nunca deixaríamos de EXIGIR entrega, raça, suor, carrinho, bicuda, sangue nos olhos e tapa na orelha.
Infelizmente a conversa parece não ter surtido efeito, seja pela inércia de uma diretoria que zoneou as contas do clube, seja por uma comissão técnica que meses após o início de um trabalho de reformulação ainda não entregou qualquer evolução, ou seja pela falta de noção por parte da maioria dos jogadores, que não entenderam ou se esqueceram o que significa a camisa que estão tendo o privilégio de vestir.
O crescimento histórico da Fiel Torcida se deu durante o maior jejum de títulos da história do Sport Club Corinthians Paulista. A pressão por título era enorme, mas a entrega sim sempre foi a exigência – e assim segue sendo nossa cara.
A todos que estão à frente do atual momento, com suas diferentes responsabilidades, chegou a hora de entenderem que trabalharão sim sob a pressão que se faz necessária, para que suem a camisa até na hora de segurarem uma caneta para assinar um contrato.
Aos oportunistas que estão usando nosso protesto como politicagem, deixamos claro que não fechamos com nenhum de vocês. A mesma cobrança que se vê hoje, também se estenderá a cada um, no momento certo e oportuno.
À comissão técnica e aos jogadores, joio do trigo. Quem não puder com o peso da camisa, que se retire. E quem achar que pode, que faça por merecer.
E à Polícia Militar, só temos a lamentar a forma gratuita e má preparada com que começaram a agressão contra os torcedores que se manifestavam de maneira pacífica e ordeira. A atitude, entretanto, não nos surpreende pelo histórico – traremos o nosso posicionamento sobre os fatos de ontem na próxima nota.
Os Gaviões da Fiel reiteira seu papel histórico como fiscalizador do Sport Club Corinthians Paulista. Da amizade entre cartolas e empresários até o chute dado sem vontade, estaremos sempre por perto para cobrar.
Em todos os jogos que estão sendo realizados em nosso estádio, os Gaviões da Fiel e as demais torcidas do Corinthians organizam por meio dos seus departamentos de bandeiras, uma grande logística para colocar os materiais nas arquibancadas e fazer com que tudo esteja pronto para o dia da partida.
Porém, na tarde de ontem (10/9), tivemos uma discussão com os policiais militares que entraram em nosso estádio pedindo para retirar as faixas que levamos para recordar nossos títulos, entre eles, alguns que foram conquistados em cima do nosso rival e outros que eles nunca vão conseguir conquistar (os mundiais de 2000 e 2012) – para os militares as faixas tratavam-se de uma apologia à violência. Ao fim da discussão e sob CENSURA, imperou o abuso de poder, a ignorância e a covardia arbitrária e, infelizmente, tivemos que retirar os materiais que estavam nas arquibancadas.
Após o término da partida, tivemos mais um episódio lamentável envolvendo a PM. Estávamos presentes em Itaquera para manifestar a insatisfação com o elenco, exercendo um direito enquanto cidadãos.
Ainda que pacífico, o protesto foi confrontado de maneira extremamente repressiva por parte dos policiais. A liderança da torcida tentou o diálogo para avisar que o protesto tinha encerrado e que eles ficariam no local para retirar os materiais da arquibancada, mas não houve conversa e partiram para agressão dos torcedores com a justificativa de que estavam sendo arremessadas pedras contra a corporação – mas as imagens dos jornais mostram que não foi assim.
Entendemos haver muito o que se discutir no âmbito da segurança nas partidas, pois para boa parcela dos torcedores que frequentam os estádios pelo país, o receio da violência sempre será diante daqueles que ali deveriam estar para nos servir e proteger.
Por fim, direcionamos uma cobrança à diretoria do Corinthians para que tenha alternativas que não sejam a de pagar pelo trabalho daqueles que corriqueiramente agridem e censuram Corinthianos dentro do que deveria ser a nossa casa – a menos que seja de interesse da própria manter este tipo de tratamento diante de seus torcedores.
GAVIÕES DA FIEL TORCIDA FORÇA INDEPENDENTE EM PROL DO GRANDE CORINTHIANS
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