Os melhores zagueiros que o Corinthians já contratou na história

O portal É o Time do Povo no especial de hoje traz levantamento com os melhores zagueiros que o Corinthians já contratou durante a história.

Em meio à tempos que a defesa do Timão gera insegurança ao torcedor que cobra por reforços de peso para a zaga na próxima janela de transferências, vamos recordar quem veio para ocupar o sistema defensivo e obteve sucesso com a pesada camisa alvinegra.

Quais defensores foram escolhidos pelo Time do Povo como aposta para tomar menos gols e funcionaram?

Confira abaixo lista com os melhores zagueiros que o Corinthians já contratou na história:

Balbuena

O paraguaio Fabián Balbuena chegou aos 24 anos no Corinthians, em 2016, vindo do Libertad por 1,4 milhões de euros. A diretoria apostava no jogador, que tinha sido recentemente vice-campeão da Libertadores com o Nacional do Paraguai em 2014 e atraiu o interesse do Libertad, que o adquiriu para o ano de 2015.

A missão de Balbuena não era simples: substituir o zagueiro Gil, que foi vendido para a China depois do título do Brasileiro de 2015.  E o paraguaio não decepcionou. Defensor firme e bom no jogo aéreo, chegou como reserva, mas conquistou a vaga e virou titular na primeira temporada, além de ser convocado pelo Paraguai.

No ano de 2017, foi o pilar da defesa nos títulos do Paulista e Brasileiro. Em alta, teve o contrato renovado em 2018. Mas não teve como segurar. Após vencer o Paulista de 2018, o assédio dos clubes europeus aumentou e, no meio do ano, o Corinthians acertou a venda do zagueiro para o West Ham por 4 milhões de euros.

Em dois anos, foram 136 jogos e 11 gols pelo Timão. Balbuena voltaria ao clube depois, em 2022, via empréstimo, mas em uma passagem bem mais curta e apagada.

Célio Silva

Em 1994, o zagueiro Célio Silva foi contratado pelo Corinthians. Não há informações sobre o valor exato da transferência, mas a repercussão era de um reforço de peso na posição. Célio Silva já tinha sido campeão do Brasileiro e do Carioca pelo Vasco e depois do Gaúcho e da Copa do Brasil pelo Internacional.

O defensor estava no Caen da França quando foi escolhido para ser a aposta do Timão para o setor.  Conhecido por chute forte e por bater faltas de longa distância, era também um porto seguro e confiante atrás. Garantiu a titularidade com facilidade e não deixou a desejar, agradando o torcedor corintiano.

Na temporada seguinte, em 1995, o time encorpou com Célio Silva e vieram os títulos do Paulista e da Copa do Brasil, com gols do defensor em ambas as campanhas. O zagueiro ainda foi campeão do Paulista de 1997 após deixar o Corinthians em 1998, quando aos 30 anos, foi vendido para o Goiás.

Foram 157 jogos pelo Todo Poderoso e 19 gols de Célio Silva. Ele é o quinto jogador da posição que mais balançou as redes na história do Timão. Ainda passou por Flamengo e Atlético-MG antes de encerrar a carreira, mas mesmo assim o clube que mais defendeu em toda a carreira foi o Todo Poderoso.

Chicão

Em 2008, na montagem de elenco para disputar a Série B após o rebaixamento do ano anterior, o Corinthians acertou sem custos com o zagueiro Chicão que, terminava seu contrato com o Figueirense. Cobrador de falta e de pênaltis e líder na defesa, o jogador teve impacto imediato na equipe assumindo a titularidade.

Conquistou a Série B naquele ano e em 2009 o Campeonato Paulista – com gol de falta em uma das finais contra o Santos – e da Copa do Brasil. Além das boas atuações dentro de campo, era queridinho da Fiel, pela dedicação e compreensão da importância do clube, sempre orientando e incentivando os colegas da defesa.

Seguiu como titular no título do Brasileiro de 2011 e no ano mágico de 2012, vencendo a Libertadores e o Mundial. Virou reserva mas ainda foi campeão do Paulista e Recopa de 2013. Deixou o Timão naquele ano, indo de graça para o Flamengo.

Ao todo foram 247 jogos pelo alvinegro paulista, com Chicão fazendo 42 gols, e ficando eternizado na memória da torcida como um xerife da defesa. O jogador só não é o zagueiro que mais tem tentos anotados na história do Corinthians porque Grané, da década de 20 e 30 , fez 51 gols.

Fábio Luciano

Em 2000, para uma temporada que teria de cara um Mundial de Clubes, e em um timaço que era bicampeão do Campeonato Brasileiro, o Corinthians apostou na contratação do zagueiro Fábio Luciano, que defendia a Ponte Preta e tinha apenas 25 anos. Mesmo assim, foi escolhido para formar a zaga titular no Mundial.

O jogador não sentiu o peso e estreou com vitória contra o Raja Casablanca. Não só isso, fez um dos gols do 2 a 0 do Timão, mostrando que seria uma forte arma ofensiva nas bolas paradas. Após o título do primeiro Mundial, ficou após espécie de renovação do elenco com a saída de algumas estrelas.

E seguiu conquistando títulos. Foi campeão e um dos líderes no Paulista de 2001, no Rio-São Paulo e Copa do Brasil de 2002 e no estadual de 2003. No mesmo ano, foi vendido por 6 milhões de euros para o Fenerbahçe, onde foi bicampeão turco. Na época, foi uma das maiores transferências do futebol brasileiro.

Ainda jogou no Flamengo antes de encerrar a carreira, mas sempre revelou identificação maior com o Timão. Fábio Luciano foi contratado para melhorar o sistema defensivo que não tinha conseguido lidar ainda com a saída de Gamarra em 1999. E deu conta. Foram 156 jogos com a camisa do Corinthians e 15 gols marcados.

Gamarra

Em 1998, com a parceria do Banco Excel, o Corinthian fechou contratações de peso. Uma delas foi o zagueiro paraguaio Carlos Gamarra. Revelado no Cerro Porteño, Gamarra já havia sido campeão gaúcho pelo Internacional e estava jogando no Benfica. Era ainda titular e líder da zaga da Seleção Paraguaia.

Gamarra chamou a atenção pela qualidade e desarmes sem fazer faltas, além do refino técnico. Elevou o futebol do Timão, que terminou o ano vencendo o Campeonato Brasileiro. Além disso, na Copa do Mundo, o paraguaio foi eleito o melhor zagueiro da competição, levando o seu país até as oitavas de final do torneio.

No ano seguinte, em 1999, foi campeão do Campeonato Paulista em cima do Palmeiras. Sob muitos holofotes e em busca de sucesso na Europa, foi vendido para o Atlético de Madrid na mesma temporada.  Depois ainda jogou por Flamengo, Inter de Milão, Palmeiras e Olimpia, sem repetir o sucesso do nível que teve no Timão.

Foram apenas 80 jogos pelo Todo Poderoso, com 7 gols marcados e a lembrança de um zagueiro extraclasse que desfilava em campo pelo Coringão.

Gil

Em 2013, o Corinthians fazia uma janela de transferências pontual. Campeão da Libertadores e Bi Mundial, o Timão trouxe três grandes nomes para posições diferentes. O da defesa era Gil, que brilhou no Cruzeiro e jogava no Valenciennes da França. O Coringão desembolsou 3,5 milhões de euros para trazer o defensor.

Gil não perdeu tempo e teve um começo excelente com a camisa do Corinthians. Virou titular incontestável e, com sua precisão e tranquilidade, jogava de um jeito que parecia fácil o que ele fazia. E ainda fazia gols. Foi campeão Paulista e da Recopa em seu primeiro ano. Dois anos depois, destaque no título do Brasileiro.

Em alta evidência, o zagueiro acabou vendido para o Shandong Taishan, da China, por 8,5 milhões de euros no início de 2016, em desmonte que acabou com o forte elenco de 2015. Apaixonado pela Fiel, Gil voltou do futebol chinês direto para uma segunda passagem pelo alvinegro paulista, retornando em 2019, sem custos.

Foi titular da equipe até o fim de 2023, sempre importante para evitar derrotas, principalmente em tempos e anos de lutas contra o rebaixamento. Em 2024 fechou com o Santos. Somando toda a carreira, Gil tem 449 jogos e 19 gols com a camisa do Timão.