Amargando o banco de reservas, Cristian desabafa: “É uma opção do treinador, tenho que respeitar”

Danilo Vieira Andrade

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No Futebol existem comemorações que vão ficar guardadas para sempre em nossas memórias. Foi assim no gol de Basílio, no primeiro gol de Ronaldo pelo Timão e vai ser assim com o gol que Cristian marcou contra o São Paulo, na semi-final do Paulista de 2009.

Mas nem só de comemorações e lembranças vive o futebol. Sete anos se passaram e Cristian, que foi jogar no Fenerbahçe da Turquia, está novamente no Corinthians. Porém, aos 32 anos e mais experiente, vive dias difíceis.

Cristian ainda não conseguiu atingir o desempenho de sua passagem anterior. Desde que voltou, em 2015, o jogador não está agradando a torcida alvinegra, por ter um dos maiores salários do elenco e pouco atuar. Em 2016, Cristian atuou apenas 18 minutos em quatro partidas. Vale ressaltar, que logo que chegou ao alvinegro o atleta se lesionou.

Cristian CT Joaquim Grava
Foto: Daniel Augusto Jr

Em entrevista para o LANCE!, o jogador comentou sua situação no clube.

“É uma opção do treinador, a gente tem que respeitar e seguir trabalhando. Nunca fui de dar entrevista falando sobre jogar ou não. Nem quando estava jogando eu dava entrevista, não vou mudar agora”, disse Cristian.

Indagado sobre a comemoração polêmica, Cristian respondeu o seguinte.

“Não me arrependo. Não sei se faria de novo, mas não me arrependo. Na época era muito novo, as coisas aconteceram no calor do jogo e tudo mais… Com a idade que eu tenho não sei se faria isso, tenho filho, filha”, avaliou.

“Não foi nada pensado, tudo natural, aconteceu, era um jogo difícil, eu nem imaginava que iria fazer gol, a gente tinha criado várias oportunidades para sair com a vitória, o jogo foi passando, caminhando para o fim, e acabei acertando um chute e a comemoração saiu. Foi natural. A semana anterior também foi muito difícil, meu filho estava hospitalizado”, completou.

O jogador também disse da experiência que adquiriu ao longo dos anos, principalmente após se transferir ao futebol europeu.

“Eu estou mais maduro para o futebol. Nossa carreira é sofrida, muita gente acha que é só coisas boas, mas não, você sofre muito, não fica com a família e os filhos, toma porrada de todos os lados. Com o tempo a gente vai conseguindo se blindar mais. Aprendi muita coisa com o futebol, inclusive ficar mais calado, né? Sou um cara muito explosivo, mas as poucos você vai aprendendo a se conter mais, escutar e trabalhar quieto”, contou.

Questionado sobre porque voltou ao Corinthians, Cristian relembrou os bom momentos vividos em 2009.

“Vivi coisas maravilhosas aqui, com pessoas incríveis, tenho carinho grande pelo Corinthians, respeito pela torcida. E tinha dado minha palavra. Meu filho também me cobrava muito. Ele me viu seis anos jogando na Turquia, só via jogos e gols pelo Youtube. Um dos motivos para eu voltar foi esse, meu filho”, finalizou.