Início » Coluna do Tony Fernandes » COLUNA DO TONY: A história não mente! Tite tem grandes chances de conquistar a Libertadores em 2016

COLUNA DO TONY: A história não mente! Tite tem grandes chances de conquistar a Libertadores em 2016

Danilo Vieira Andrade

Google News Siga-nos no Google Notícias

POR: Tony Fernandes

Em 2016 a Taça Libertadores da América completa 57 anos de história. Nesse período os times do Brasil decidiram 30 vezes e conquistaram 17 títulos. Dez técnicos gaúchos são responsáveis por mais de um terço de todas essas decisões, tendo levado seus times às finais em 11 oportunidades. Cinco deles faturaram 6 campeonatos. Outros cinco treinadores foram vice-campeões.

SIGA O TIME DO POVO NO CANAL DO WHATSAPP

Notícias do Corinthians direto no seu WhatsApp em tempo real.

WhatsApp Entrar no Canal

O primeiro da escola gaúcha a chegar à final da Libertadores foi Oswaldo Brandão, com o time alviverde do Parque Antártica, em 1961. Na ocasião, a equipe treinada por Brandão foi derrotado pelo Peñarol.
Ênio Andrade levou o Internacional ao vice na taça continental em 1980, quando, nas finais, o Colorado perdeu para o Nacional, do Uruguai.

No ano seguinte, Paulo César Carpergiani, então com apenas 32 anos de idade venceu a Libertadores com o Flamengo, diante da equipe chilena do Cobreloa.

O porto-alegrense Valdir Espinosa fez o mesmo em 1983, com o Grêmio, vencendo o título do maior campeonato continental das Américas, ao bater o Peñarol, na decisão. O Tricolor Gaúcho chegou à final novamente em 1984, com o também gaúcho Carlos Froner, mas perdeu o título para o Independiente de Avellaneda.

Em 1995 um discípulo de Froner, Luiz Felipe Scolari fez o Grêmio chegar a sua terceira final e conquistou o bi-campeonato. Os comandados de Scolari venceram os colombianos do Atlético Nacional.

Scolari foi campeão novamente em 1999, dessa vez com o Palmeiras, que enfrentou o Deportivo Cali, da Colômbia. Luiz Felipe ainda foi à decisão no ano seguinte com a mesma equipe paulista, porém, nessa oportunidade acabou derrotado pelo Boca Juniors.

O Boca Juniors voltou a ser carrasco de um treinador gaúcho em 2007, quando o Grêmio, do técnico Mano Menezes, foi um dos finalistas, mas acabou na segunda colocação derrotado pelo clube portenho.

Na final da Libertadores do ano seguinte, foi a vez de Renato Gaúcho, com o Fluminense, ficar com o troféu de prata, já que perdeu para os equatorianos da LDU.

O quarto treinador rio-grandense a ganhar o torneio continental foi Celso Roth, com o Internacional, em 2010. O Colorado, comandado por Roth venceu o Chivas Guadalajara, do México.

Último técnico gaúcho a levantar o mais importante título sula-americano foi Adenor Leonardo Bacchi “Tite”, treinador do esquadrão corintiano que, em 2012, venceu o Boca Juniors.

Diante de números como esses, surge uma pergunta inevitável: por que os treinadores do Rio Grande do Sul são tão competitivos na disputa da Taça Libertadores da América? Para uns a resposta pode ser a influência tática de argentinos e uruguaios, devido à proximidade geográfica com esses países. Ao passo que para outros, essa característica dos sulistas se deve à herança cultural trazida pelos imigrantes europeus, sobretudo dos alemães, principal matriz antropológica dos rio-grandenses.

De toda forma, seja por influência portenha ou européia, o fato é que, entre os técnicos brasileiros, os que nasceram no Rio Grande do Sul são os maiores vencedores de Libertadores, e isso, por si só, já é suficiente para fazer corintianos e gremistas se sentirem mais confiantes do que os demais torcedores. O motivo? Só Corinthians e Grêmio têm treinadores gaúchos no comando de seus times na Libertadores desse ano. Se a tradição vai prevalecer em 2016, não é possível afirmar, mas que é melhor tê-la a seu favor numa competição tão difícil como essa, ah isso é!