POR: Tony Fernandes
A vida do corinthiano na primeira metade dos anos 1990 não era tão tranquila como nos dias atuais. Embora o Timão já fosse o maior campeão Paulista em 1995, naquela época, tinha apenas um título do Campeonato Brasileiro, nenhuma conquista da Taça Libertadores, e muito menos um mundial. Além disso, não possuía uma casa digna de receber jogos oficiais, e era obrigado a alugar estádios ou usar um campo público para mandar seus jogos.
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Não que o torcedor alvinegro precisasse de arenas monumentais ou de troféus para ter amor ao clube e permanecer fiel ao seu time do coração. Não era preciso isso, pois a atração que o clube exerce em sua torcida é algo que simplesmente extrapola qualquer coisa material. Haja vista que entre 1954 e 1977, período em que o Corinthians ficou em jejum, foi a fase em que sua torcida mais cresceu. Mas é que no mundo do futebol, o tamanho de um clube geralmente é medido por títulos relevantes que ele tenha conquistado. E ainda que o corinthiano não dependesse disso para continuar sendo Fiel, o Corinthians precisava de conquistas à altura de sua grandeza.
A virada rumo ao topo do mundo começou em 1998, quando o Alvinegro levantou o segundo caneco do Brasileirão. O ano seguinte foi ainda melhor, conquistou o Paulistão e foi bicampeão nacional. Só faltou a Libertadores que, apesar da boa campanha, deixou escapar para o maior rival. Entretanto, melhor que uma taça continental, era vencer um campeonato mundial, e isso se concretizou quando o Timão faturou a primeira Copa do Mundo de Clubes da FIFA, no ano 2000, no Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro clube do planeta a ser verdadeiramente Campeão Mundial com o carimbo da entidade máxima do futebol.
Com o quarto título do Brasileirão sendo alcançado em 2005, o Corinthians entrava para o restrito hall de clubes brasileiros tetracampeões nacionais. Além dessas quatro importantes estrelas, o Timão mantinha a ponta na conquista do Paulistão com 25 troféus, e colecionava duas Copas do Brasil. Contudo, ainda sentia a necessidade da Libertadores, que mais do que nunca passou a ser uma obsessão.
Após um tropeço que o levou à segunda divisão em 2007, o Corinthians ressurge como uma fênix e faz dessa queda mais uma motivação em busca do seu maior objetivo. Mas como nada na vida do Alvinegro é fácil, o sonho do título continental não viria sem que antes muitas dificuldades fossem superadas. Nesse intervalo a torcida teve de se contentar com mais um caneco estadual, em 2009, e outro nacional, em 2011.
Eis que então, chega o grande momento para a nação corintiana. Quis o destino que 2012 fosse o ano de soltar um grito que há mais de meio século estava preso na garganta da massa. E como se não bastasse o triunfo na Taça Libertadores, veio também o bicampeonato mundial para calar de vez as vozes que ainda contestavam o título do ano 2000. Agora o Corinthians tinha chegado onde era, de fato, o seu lugar: o ponto mais alto do futebol mundial.
Na esteira das conquistas internacionais veio, no ano seguinte, o 27º título do Paulistão, para consolidar de vez a liderança no ranking estadual. Outra alegria sem precedentes para a Fiel Torcida foi a inauguração do tão sonhado estádio, em 2014, dentro do qual, a sexta taça do Campeonato Brasileiro foi levantada em 2015, e que fez do Timão um dos dois únicos clubes hexacampeões nacionais, a contar a partir de 1971.
No balanço das duas últimas décadas, o Time do Povo conquistou 2 Copas do Mundo FIFA, 1 Libertadores, 1 Recopa Sula-americana, 5 Campeonatos Brasileiros, 3 Copas do Brasil, 7 Campeonatos Paulistas, 3 Copas do Brasil, e 1 Torneio Rio-São Paulo.
Em suma, em 1995, talvez nem o mais otimista torcedor corinthiano podia imaginar que vinte anos depois o clube estaria numa posição tão destacada. Hoje, o Timão tem uma das melhores arenas do planeta e os títulos mais importantes do Futebol Mundial. Se o clube já era gigante antes dessas conquistas, fica até difícil encontrar adjetivos para descrever o tamanho do Corinthians após tantas glórias.










