Durante a coletiva de apresentação do volante Camacho, o diretor-adjunto do Corinthians, Eduardo Ferreira, falou com a imprensa sobre alguns assuntos recentes que aconteceram no clube.
Entre outras coisas, a conversa da Gaviões da Fiel com parte do elenco na última semana foi pauta na coletiva. Segundo Eduardo Ferreira, a conversa foi positiva ao elenco.
“Reunião foi dentro de sala, com integrantes de torcida e foi uma reunião muito positiva, com seis atletas que levaram mensagens para o grupo. Foi uma coisa muito produtiva em termos não de cobrança, como foi ventilado. Isso, certo ou errado, é cultura do clube, existe há anos e anos, 40 anos, não sei. Na minha opinião é mais válido dessa forma do que torcedor vir na porta do CT, vir gritar, invadir CT, perseguir carro de jogador. Pelo momento, grupo novo, não tem problema algum”, disse Eduardo Ferreira.
O diretor também revelou algo que não tinha sido noticiado. A torcida organizada teve conversa particular com o atacante André. Na época, os torcedores disseram que a conversa foi para explicar para alguns jogadores sobre a história do clube. André era esse jogador.
“Além dos cinco que vocês noticiaram também houve conversa com o André. E foi uma conversa produtiva. Hoje enxergo que pressionar e gritar é negativo, mas quando é de apoio é válido. Eu já estive do outro lado e entendo como eles pensam. Recebemos torcedores organizados, comuns, Fiel torcedor, branco, negro, rico, pobre, amigo do amigo. Hoje eu enxergo que a cobrança no CT, no estádio, no aeroporto, é contrária, não é válida. De repente um bom papo, conversa de incentivo, como houve ano passado, mais ou menos na mesma época, quando houve incentivo pro grupo e depois separadamente pro Vágner Love. Essa parte é válida. Não sei falar se adianta, mas é válido. Quero deixar claro para o torcedor ter confiança, acreditar. Ontem começamos a mostrar esse caminho e esse time vai pegar no breu para a parte de cima da tabela”, revelou Eduardo.
Questionado sobre a revolta de Guilherme após a reunião, Eduardo Ferreira disse que o meia nem havia participado dela, mas garantiu o direito de todos em não gostar da presença da torcida dentro do CT.
“A reunião acabou e depois de cinco minutos o Guilherme estava aqui, ele não sabe o conteúdo da conversa”, afirmou.
Entre outras coisas, ele respondeu sobre a cultura brasileira de receber torcedor organizado dentro do clube. Confira os principais trechos:
NO QUE AJUDA A CONVERSA COM TORCEDOR ORGANIZADO?
“Pode ser que não traga lado positivo, mas negativo não traz. Sei que tem jogadores que não gostam, não vejo problema”.
TITE ESTEVE JUNTO NA CONVERSA?
“A comissão técnica geralmente não se intromete em assuntos de torcida com o clube. É uma cultura que já existe, e é bom ter relação boa com torcedor organizado do que ter uma relação péssima”.
IRRITAÇÃO COM AS COISAS TOMAREM PROPORÇÕES MAIORES NO ALVINEGRO
“Não dá para prever o futuro, mas veja os outros clubes que você acha que não tem reunião com torcedor se existe. Vai atrás para ver”.