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Contrato chega ao fim e goleiro de seleção brasileira está fora do Corinthians

Danilo Vieira Andrade

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Normalmente, para se contratar um goleiro, não é preciso pagar um valor muito alto e é raro quando isso acontece. No entanto, o Corinthians decidiu comprar o goleiro Renan do Avaí por R$ 5 milhões, em junho de 2011. O que parecia uma ótima ideia, se mostrou um péssimo négocio. Nesta segunda-feira, o contrato de cinco anos entre o clube e o jogador chegou ao fim.

Destaque no Avaí e convocado para a seleção brasileiro, o goleiro despontava como um dos goleiros mais promissores do futebol nacional. Isso chamou atenção de grandes times internacionais, como Benfica (de Portugal). No entanto, o atleta decidiu ir para o Timão.

O goleiro entrou para o clube com status de titular, já que o técnico Tite tinha as opções de Julio Cesar, Danilo Fernandes, Rafael Santos e Gauther, todos com baixa moral com a Fiel.

O jovem de 21 anos treinou bastante enquanto ainda ficava na reserva, para poder entrar em campo e jogar pelo Corinthians. E isso aconteceu dia 24 de julho de 2011, partida contra o Cruzeiro, na 11ª rodada do Brasileirão. Na derrota por 1 a 0, o titular ficou marcado pela falha no único gol mineiro. No jogo seguinte, o Timão perdeu de 3 a 2 do Avaí e na sequência venceu o América-MG por 2 a 1 – neste jogo, mais uma falha de Renan – que foi colocado no banco novamente e nunca mais disputou um jogo oficial pelo alvinegro.

– Eu não sei te falar porque o Corinthians nunca mais quis me usar. Fico sem resposta. A partir do momento em que você é contratado por uma empresa, não pode ter uma única oportunidade de mostrar o seu valor. Eu não estava ali por acaso, então não sei porque nunca tive uma segunda chance. Respeito as decisões que foram tomadas, mas eu não pedi para me contratarem – desabafou, ao LANCE!.

Em cinco anos de contrato, com cinco gols sofridos, o goleiro recebia salário de cerca de R$ 80 mil, o que indica um gasto aproximado do clube de R$ 10 milhões nas cinco temporadas, e por três jogos que o goleiro entrou em campo.

O jogador foi emprestado sete vezes durante o tempo que esteve no Timão: Vitória, Estoril (Portugal), Guarani, Botafogo-SP, Bragantino, Caxias e Tigres-RJ abriram as portas para Renan, que nunca mais encontrou vitórias como nos tempos do Avaí.

– No meu pensamento se eu tivesse uma sequência maior no Corinthians talvez as coisas poderiam ser diferentes, mas o destino quis assim. Tenho que aceitar as decisões do Tite, que é um cara que admiro, respeito, é vencedor. Temos que aceitar, porque manda quem pode e obedece quem tem juízo. Ele não achou que eu seria a peça para aquele momento, mas tenho que agradecer a ele por tudo o que fez por mim e agora pensar em voltar ao cenário – diz Renan, que admite ter nutrido até o fim do contrato a esperança de ser utilizado no Timão.

Os últimos tempos não foram nada fáceis para o jogador, não apenas por não entrar mais em campo, mas sim porque desde que retornou do Tigres, treinou separado do elenco principal, em horário diferentes , apenas de segunda a sexta e na academia, nunca no gramado.

Neste sábado, dia 4, ele voltou para sua cidade natal em Santa Catarina, com mala e tudo. Agora a vida do goleiro mudará, pois, ao lado do empresário Carlos Corsine, o mesmo que o ajudou a chegar no Timão, vai procurar outro destino para o goleiro, não importa o time que seja.

– Não tive sequência, mas não posso botar culpa em ninguém, era coisa do destino. Agora é seguir a vida e procurar espaço em outro clube. Potencial eu tenho, não foi à toa que cheguei em um grande centro. Agora é paciência e voltar a trabalhar, porque fiz um grande Campeonato Carioca pelo Tigres e sei que as coisas vão acontecer – desabafa.

Onde vai ser o próximo passo de Renan, não se sabe, mas será bem longe do Corinthians.