O técnico Tite comemorou muito a vitória contra o Coritiba, por 2 a 1, em Itaquera, na noite deste sábado. Em entrevista coletiva na Arena Corinthians, o treinador agradeceu a Fiel, lembrou de Gilmar Dal Pozzo, atual técnico do Náutico e elogiou André.
“Quero agradecer a um profissional com quem troco muitas ideias táticas, Gilmar Dal Pozzo. Não queria perder poder de fogo, porque somos o melhor ataque do Brasil por percentual de gols feitos, 1,9 por jogo. Mas a bola estava passando e não tinha homem de conclusão. Tentei com Danilo… Mas lembrei do Gilmar, e enfiei dois atacantes. Deixei um volante para sair jogando e dois homens enfiados na frente. Mas não foi só esse fator. O fator foi a alma. Jogos às 11h, dúvida na escalação do Uendel, roubadas de bola do Giovanni Augusto, espírito solidário da equipe, mas 80% de posse de bola, com carinho do torcedor… Falei algum tempo atrás que a torcida estava sendo impaciente. E o mesmo coração que falou isso é o coração que agradece agora, porque o torcedor acarinhou. Inclusive o André”, disse, Tite.
Na temporada, o Corinthians é um dos clubes mais efetivos nas finalizações. Na coletiva, Tite levantou alguns números para ilustrar e provar isso.
Gabriel Carneiro |
“Fizemos 20 finalizações, tivemos 79% de posse de bola e encontrando linha de passe. Guilherme deixou André na cara do gol aos 42… É uma equipe que a bola não queima no pé, e ela vai se forjando. Mas é natural que apresse em alguns momentos, é compreensível. Essa precisão de finalizações tem melhorado. A cada três finalizações em casa que fazemos uma entra. Esse número também importa”, afirmou.
O comandante aproveitou para reclamar dos dois desfalques. Elias e Balbuena, na seleção brasileira e paraguaia, respectivamente, são peças fundamentais no elenco alvinegro.
“Nós perdemos Balbuena e Elias para seleções. Dois. Ninguém perdeu mais do que nós, no máximo igual. O Santos perdeu dois igual. Não estamos chorando. Fomos, sim, uma das equipes mais prejudicadas”, cravou.
Questionado sobre a noite heroica de André, Tite falou da cobrança que faz no centroavante e aproveitou para elogiar sua postura.
“Ele é um cara que trabalha sério. Eu não estou aqui para esconder erros de atletas e justificar e fazê-los passar de bonzinhos. Eles têm cobrança, exigência alta. E se trabalha tem o meu respaldo. Se for negligente não terá. E tomara que o André se sinta acolhido, útil, com carinho. A possibilidade de fluir mais natural é grande assim. Quando recebo inquietação atrás do banco isso me tira do natural… Tenho 55 anos, muitos títulos no Corinthians e interfere comigo. Imagina com o atleta”, disse.