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Quando aceitou ir para o Corinthians, Cristóvão Borges assinou contrato válido até dezembro de 2017. Porém, no final desta temporada, o técnico será avaliado pela diretoria que irá decidir se o baiano permanece no Timão. Até o momento, o presidente Roberto de Andrade não deu garantias se Cristóvão fica para a próxima temporada.
“Isso (permanência) nós temos que avaliar. Nenhum treinador tem título de vitalício. Não existe. E eu também não sou refém de ninguém. Sou refém de bom trabalho, de uma boa pessoa, do trabalho sério. Mas sabemos que a contrapartida disso tudo é os resultados. Gosto muito de citar o Tite porque foi o mais vitorioso conosco e saiu recentemente. Nós renovávamos a cada ano que vencia. Não será diferente com Cristóvão”, disse Roberto.
O presidente evitou dizer se vai manter Cristóvão em caso de título ou classificação para a Libertadores. Atualmente o Timão é o quarto colocado no Brasileiro e precisa apenas de um empate sem gols contra o Fluminense para avançar às quartas de final da na Copa do Brasil.
“O resultado é importante? Sim, mas não só ele. Tem outros fatores com que você pode concluir que o treinador não serve mais. Ele pode dar resultado e, talvez, você não esteja contente com a forma de conduzir as pessoas. O trabalho do treinador não é só na beira do gramado no dia do jogo. Ele tem o dia a dia, são 30 e poucas pessoas, 11 jogam, 20 ficam fora, alguns vão para o banco e outros nem no banco ficam. Tudo isso é uma administração que não é fácil, e você não pode perder a mão”, avaliou.
Roberto também se mostrou satisfeito com o trabalho do treinador. Cristóvão chegou ao alvinegro com o Brasileiro em andamento e perdeu jogadores importantes como Bruno Henrique e Elias que foram negociados. Desde que chegou, o treinador está tentando montar o time ideal. Até então, Cristóvão conseguiu seis vitórias, quatro empates e quatro derrotas.
“Estou (gostando). Acho que ele está trabalhando. O time está oscilando, perdeu jogadores importantes. Entendemos que isso também atrapalha bastante o trabalho dele. Estou contente, sim. Ele está trabalhando, tentando encaixar as peças certas para fazer o time render”, afirmou.
Cristóvão desembarcou como surpresa no Timão. Assim que Tite saiu para comandar a Seleção Brasileira, o nome do baiano não foi cogitado pela imprensa, e a torcida queria que Sylvinho, ex-lateral do clube, assumisse o cargo.
O comandante está sendo muito contestado pelos torcedores. Mas, o presidente lembrou que Tite foi muito vaiado pela torcida e sofreu a mesma rejeição que Cristóvão está enfrentando por parte da Fiel.
“Com o Tite em 2011 era a mesma coisa. Foi a mesma cobrança, invadiram, quebraram os carros, exigiram a saída dele”, relembrou.
