Após o último treinamento antes do clássico contra o Palmeiras neste sábado, o técnico Cristóvão Borges concedeu entrevista coletiva no CT Joaquim Grava. Entre outras coisas, o treinador falou da necessidade de se vencer o Dérbi, da oscilação da equipe na competição e da pressão que sofre da torcida.
Cristóvão também falou sobre o técnico gremista Roger, que pediu demissão no meio de semana e teve seu nome vinculado a uma campanha da torcida alvinegra para ser o técnico ainda nesta temporada. O treinador listou motivos para a Fiel acreditar em seu trabalho.
CONFIRA OS PRINCIPAIS TRECHOS DA ENTREVISTA:
IMPORTÂNCIA DO CLÁSSICO
“É uma grande oportunidade e sabemos disso. Necessitamos e desejamos nos aproximar da ponta, então é uma oportunidade muito boa. Independente do momento que passamos acho que demos uma crescida, uma melhorada, apresentamos coisas boas nas últimas partidas e estamos confiantes.”
EVOLUÇÃO DA EQUIPE
“Conseguimos manter aspectos importantes num tempo maior de jogo. Em alguns jogos era um tempo bom e outro nem tão bom, havia necessidade de não jogar só um tempo, precisávamos aumentar. Aí fizemos partida mais constante no total, organização de jogo, construção, posse de bola, marcação, transição defensiva e ofensiva, tudo isso apareceu.”
PRESSIONADO?
“Não, não. Pressionado estou desde que cheguei. Sou pressionado. Então eu vivo a pressão. O jogo é amanhã e não tem diferença quanto a isso, continua a pressão. Quando eu aceitei vir para cá entendi o que era a responsabilidade, o momento. Não esperava os exageros, as coisas fora do normal. Passou-se do ponto. Mas aqui é pressão mesmo. Meu cargo, meu trabalho e o momento de transição que o clube vive, é tudo pressionado. Faz-se comparação com 2015, e há uma certa distância. Mas a cobrança é a mesma para aquela equipe de lá e essa, que está sendo montada. Não muda, e tenho que saber conviver com isso. Por isso as coisas de fora não tiram meu sono, me desequilibram, porque tenho que estar focado em dar resultado. Ainda bem que tenho muita gente que me ajuda, minha retaguarda nos departamentos. A pressão é muito grande, mas a condição de trabalho é muito boa.”
FOCO DOS ATLETAS
“Os jogadores têm entendimento claro do jogo, estão acostumados. Antes do treino tivemos uma conversa, falando do jogo que passou, avaliando, e projetando o jogo seguinte. Falamos de tudo isso para ter clareza do que representa o momento, a oportunidade. Discutimos tudo isso e é muito claro, são jogadores inteligentes, a grande maioria experimentados, com grande currículo. Eles estão acostumados com isso.”
CONFIANÇA DA DIREÇÃO
“Tenho. Não me sinto sozinho, não. Minha recepção aqui, e a acolhida que tive e tenho, foram especiais. Qualquer coisa vai depender daquilo que eu conseguir fazer, e por isso foco no meu trabalho. É minha direção. Me sinto acolhido, respeitado, e é importante ressaltar algo importante aqui: sou avaliado pelo meu trabalho, independente de pressão, redes sociais, tudo. Não é em todo lugar que tem isso, aqui no Corinthians tem.”
GABRIEL JESUS FORA
“Está num bom momento, jogador importante, mas o Palmeiras é um time forte, a prova disso é que jogou um período sem ele e pontuou, seguiu líder. Ele não vai jogar, mas o Palmeiras é forte do mesmo jeito.”
![]() |
Cristóvão observa treinamento desta sexta-feira véspera do Dérbi | Foto: Agência Corinthians |