No Bahia, Gustavo fala em retorno ao Timão: “Vou calar a boca de muita gente”

Danilo Vieira Andrade

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Emprestado ao Bahia até o final da temporada, o atacante Gustavo não conseguiu emplacar no Corinthians. Contratado em 2016 para ser a solução de ataque do alvinegro, ele pouco produziu dentro de campo, perdeu alguns gols, fez um gol legal invalidado pela arbitragem contra o Atlético-MG e perdeu espaço após a chegada de Jô.

Hoje no Bahia, o atacante mantém o sonho de fazer história no clube de coração. Em declaração ao GloboEsporte.com, Gustavo mandou recado aos críticados.

“Ainda vou ser ídolo do Corinthians. Tenho contrato até o fim de 2020. Não fui contratado à toa. Vou calar a boca de muita gente quando eu voltar. Foi um aprendizado muito bom nesse tempo. Conheci jogadores que só via pela televisão. De repente, eu estava ao lado deles. Estava no Corinthians realizando o sonho do meu pai, da minha família”, afirmou.

Com nove jogos e nenhum gol marcado pelo Corinthians, Gustavo explicou o que aconteceu para seu rendimento ser abaixo do esperado pela Fiel. No Criciúma, por exemplo, ele era o artilheiro da Série B com 11 gols em 18 jogos. Segundo o camisa 9, a indefinição na transferência ao Timão o prejudicou.

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Foto: Reprodução

“Eu perdi muito nesse tempo. Queria muito ir para o Corinthians, mas o presidente não queria me liberar. Acabei não treinando no Criciúma. Eu vinha jogando com dores e ninguém sabia. Procurei me tratar para chegar bem no clube novo. Era um sonho meu jogar no Corinthians, era minha carreira em jogo. Faltou ritmo de jogo. Tanto que cheguei e estava precisando ganhar mais força, mais físico. Até pedi para treinar mais. Quando tinha jogo e eu não jogava, eu treinava sozinho, parte de finalização, técnica. Eu cheguei muito abaixo”, avaliou.

O atacante também falou da torcida alvinegra. Gustavo diz que não tem o que reclamar da Fiel. De acordo com o atacante, a torcida sempre o apoiou.

“É muito difícil jogar no Corinthians, mas, ao mesmo tempo, é muito gostoso. Ver aquela torcida empurrando o time. Quando pisei pela primeira vez na Arena, cheguei a arrepiar, me emocionei. Eu via que tinha apoio dos torcedores. Eles gritavam meu nome quando eu pegava na bola. Só faltou o gol. Eu queria fazer meu primeiro gol de todo jeito. Isso acabou me prejudicando. Toda vez que eu pisava em campo, eu botava aquilo na cabeça. Se eu não entrasse em campo com esse pensamento, eu teria me saído um pouco melhor”, disse, antes de falar do gol anulado contra o Atlético-MG. “Fiquei muito triste, fiquei puto, mas naquele momento eu não poderia fazer nada pelo erro da arbitragem. Se eu fosse falar merda para ele, não adiantaria nada, não voltaria atrás. Não adianta chorar, discutir, só ficar quieto e lamentar. No dia, foi muito difícil dormir. O lance não saía da cabeça. Se eu tivesse feito aquele gol, iria chorar com a torcida. Sou muito chorão. Cheguei a chorar de felicidade quando o Corinthians estava atrás de mim, não estava acreditando”, relembrou.

Uma das coisas que marcaram a passagem de Gustavo pelo Corinthians foi a tatuagem que ele fez para homenagear sua estreia pelo clube paulista.

“Essa tatuagem simboliza uma marca em minha vida. Nesse jogo, foi a primeira vez que consegui colocar meu pai e minha mãe juntos para me ver jogando profissionalmente. Aquela imagem eles viram de perto, eu pisando no gramado. Queria marcar aquele momento para minha família. Meu pai era corintiano, estava realizando um sonho. A torcida acabou gostando. Não me arrependi em nenhum momento de ter feito”, finalizou.