Inicio como titular absoluto e nove cartões amarelos. O resumo do volante Gabriel no começo da temporada atuando com a camisa alvinegra foi controverso. Entretanto, após conversar com Fábio Carille, o jogador garante que mudou de postura, e há sete partidas sem receber nenhuma advertência da arbitragem, começa a ser comparado com Ralf, ídolo da torcida corinthiana.
Em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, Gabriel falou sobre a comparação com o ex-jogador alvinegro, sobre cartões e ousou comparar o estilo de jogo corinthiano com grandes equipes do futebol europeu.
“Fico feliz com a comparação. O Ralf fez uma história linda no Corinthians, respeito muito. Pude acompanhar pela TV e depois jogando. Eu procurei chegar aqui e fazer a minha também. São estilos de jogos parecidos, com entrega, dedicação em campo. Vou tentar seguir nessa linha, mas não sou só eu, o grupo está de parabéns pelo que vem fazendo”, disse Gabriel.
Questionado sobre os nove cartões recebidos no inicio da temporada, ele explicou o que aconteceu, e revelou um papo com o técnico Fábio Carille para acabar com o problema.
“Fiquei sete ou oito jogos sem tomar cartão, jogando em alto nível, mantendo a pegada. No começo falaram muito de estar tomando cartão. Agora é manter, fico feliz pelos números, vou procurar manter essa média até o final do campeonato. Mas o principal é ser campeão. Não adianta ser o maior ladrão de bola ou o artilheiro e não conquistar o título”, avaliou, antes de comentar a conversa com Carille. “Foi um dos fatores de diminuir o número de cartões, entender o sistema que o Corinthians joga. O Carille falou comigo, teve um trabalho para diminuir esse índice de cartão. Não pode tomar cartão bobo, em lance que não precisava, como fazer falta e retardar o jogo”, acrescentou.
Gabriel também respondeu um questionamento dos jornalistas sobre o tal “jogo bonito”, que segundo os especialistas, não foi praticado pelo clube na temporada.
“Você pega a Juventus e o Atlético de Madrid, é bonito ver eles jogando. Mas o Corinthians não pode jogar assim, falam que é feio não propor o jogo. Essa é a nossa característica, sempre ter uma marcação forte e, com a bola no pé, saber jogar para conseguir chegar ao gol. A equipe vem evoluindo, estamos na final por méritos, e vai ser um jogo de muita pegada. Vão ser dois grandes jogos”, afirmou.