Revelado pelo Corinthians e personagem marcado pelo rebaixamento do clube em 2007, o zagueiro Betão reencontrará nesta quarta-feira, ás 21h (de Brasília), na Ressacada, atuando pelo Avaí, o clube que o revelou para o futebol.
Em entrevista ao UOL Esporte, Betão abriu o jogo sobre o rebaixamento à Série B, e classificou como “divisor de águas” a traumática queda alvinegra naquela temporada. Alék disso, ele falou sobre o sentimento de ver o clube onde foi criado e passou 14 anos de sua vida, rebaixado.
“Existem duas maneiras de ver isso. Claro que rebaixamento não é bom para ninguém, sempre marca. Mas foi um divisor de água para o Corinthians, uma mudança drástica. Muita gente abriu o olho para muita coisa que não estava certa e a partir dali o Corinthians se tornou o que é hoje. Deveria ter se tornado muito tempo antes”, argumentou.
“Para mim foi muito triste porque me senti incapaz de impedir uma situação ruim num clube que fui criado e gosto. Me senti incapacitado naquele momento, mas serviu com uma grande lição, como crescimento profissional. Me fez uma pessoa madura”, completou.
Betão também falou da possível ansiedade sobre reencontrar o ex-clube. O zagueiro, contudo, descartou a possibilidade, mas disse ser um “jogo especial” em sua carreira.
“Não existe ansiedade. Já tenho uma certa idade e já sei controlar bem a ansiedade. É claro que não vai ser um jogo normal para mim, vai ser diferente, principalmente porque eu vivi 14 anos lá dentro. Não deixa de ser um jogo especial”, afirmou.
Com 36 pontos, o Corinthians é líder absoluto do Campeonato Brasileiro e precisa de um bom resultado em Santa Catarina para continuar numa boa distância para os adversários da tabela de classificação.
Em 2007, Betão fez o gol que quebrou o tabu de quatro anos sem vitórias diante do São Paulo e chorou na comemoração | arquivo |