O atacante Jô se abateu nas últimas horas com as fortes críticas que recebeu por parte da imprensa e torcedores rivais. Internamente, a postura do atleta continuou a mesma sobre o que teria acontecido no lance do gol contra o Vasco. No vestiário após a partida, inclusive, ele confirmou aos companheiros o que havia dito aos microfones da imprensa sobre não ter sentido a bola tocar no braço.
Apoiado pelos companheiros e pela direção alvinegra, o atacante voltou a falar nesta terça-feira. Já na Argentina para enfrentar o Racing, quarta-feira, pela Sul-Americana, Jô disse que viu o lance depois e admitiu o toque no braço. O camisa 7, porém, destacou que não teve intenção.
“Estou muito tranquilo. Agradeço a todos os elogios, quem me conhece sabe que sou uma pessoa só, não tenho duas personalidades. Depois que sai do jogo… Não tinha visto a imagem do gol. Chegando em casa, vi que a bola tocou no braço. Mas quero deixar claro que não quis trapacear. Os 19 gols que fiz foram com suor e dedicação. Não tive intenção de colocar a mão na bola”, disse Jô.
“Não tinha intenção de fazer coisa errada, quem me conhece sabe que tenho caráter. Com a minha mudança, tenho sido exemplo para jogadores e algumas pessoas. Sou grato ao que o Corinthians tem feito por mim. Eu não queria ter feito sacanagem. Se eu tivesse convicção, eu falaria. Não tenho por que esconder algo. Foi uma simples jogada, poderia acontecer com qualquer jogador”, completou.
O atacante também lembrou o lance com o zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, para explicar a situação. Ele classificou a ocasião como “diferente” e voltou a destacar que não teve intenção de colocar o braço na bola.
“Assim como eu aplaudi e achei fantástica a atitude do Rodrigo Caio, muita gente queria ver uma atitude igual. Mas foi uma situação diferente. Eu me atirei na bola, não fiz movimento de jogar a mão primeiro. Muitos queriam que eu falasse que coloquei a mão. Se tivesse acontecido isso eu falaria. Sempre dei a cara, num momento ruim não tenho por que me esconder”, afirmou.
Por fim, Jô falou da chateação com o episódio. O julgamento de seu caráter foi o que mais incomodou o corintiano. “Fiquei chateado por julgarem o meu caráter. Recebi ligações de vários jogadores, gente apoiando… São coisas da vida”, ponderou.
Ao lado de Jô, o diretor Flávio Adauto e o gerente Alessandro Nunes também comentaram o lance. (veja declarações abaixo)
ADAUTO
“O Jô está tendo uma convivência fantástica, é um dos líderes do Corinthians, um dos mais responsáveis do elenco. Isso o credencia até a cometer um erro, um equívoco, uma falha qualquer. Demonizar um jogador como o Jô, que tem um passado profissional muito bom, que pode ser usado como exemplo, é um exagero”.
ALESSANDRO
“O que o Flávio Adauto disse não é o que ele pensa, mas o que todos nós temos convicção. Vejo isso (árbitro de vídeo) como benéfico. Tudo que gerar melhoria para o Campeonato Brasileiro, nos deixa feliz. Essa não vai ser a última polêmica, muitas outras acontecerão. Se for para credenciar nosso campeonato, que assim seja, apoiamos”.
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Foto: Diego Ribeiro | Globo Esporte |