Neto lembra Cristian e questiona retorno de Ralf: ‘Havia necessidade mesmo?’

Danilo Vieira Andrade

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Conhecido por dar declarações polêmicas acerca do Corinthians, o apresentador Neto, ídolo do clube alvinegro, voltou a comentar sobre um assunto polêmico nesta semana. Em seu blog pessoal, o “Craque Neto” questionou a contratação do volante Ralf.

Para Neto, o retorno de jogadores veteranos, casos de Emerson Sheik e Ralf podem acabar como o de Cristian no Corinthians, meio-campista que se tornou ídolo do Timão em 2009, mas que atuou abaixo do esperado em seu retorno ao Brasil.

Neto ainda critica os dirigentes do Corinthians e argumenta que contratações de ídolos veteranos acontecem para tirar o peso das costas dos cartolas.





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Tem muita gente que acha que sou um cara chato. Que só sei criticar as coisas. Na verdade tenho mesmo esse perfil de querer ver as coisas da maneira que julgo ser a mais correta. Por exemplo, o Corinthians contratou o Emerson Sheik que vinha em má fase e foi inclusive rebaixado com a Ponte Preta. Foi errado? Não acho. Até porque foi um contrato curto que servirá mais como homenagem ao cara que trouxe muitas alegrias para a torcida corintiana. E outra: ele com 40 anos é dez vezes melhor que Kazim, Junior Dutra e companhia! Agora foi a vez da diretoria acertar o retorno do Ralf, que estava há dois anos no futebol chinês. Minha pergunta: será que havia necessidade mesmo?

Vejam bem, teoricamente o Timão deve perder o Maycon, que pode jogar na Ucrânia. Mas o Ralf não tem a qualidade do menino na saída de bola. Ralf chegaria como opção ao Gabriel, que vem sendo um dos principais nomes do time do técnico Fábio Carille. Então ficaria na reserva? Pra que? Pra ‘matar’ algum menino bom de bola que possivelmente esteja surgindo na base do clube. Fico com essa pulga atrás da orelha. Fora que visivelmente o Ralf está fora de forma e precisa de um tempo intensivo de treinamento.

Recentemente estou me acostumando a ver jogador que virou ídolo voltando depois de um tempo fora do País. Caras que vem mais pelo nome do que pela bola que estão jogando. O volante Cristian não deu certo em seu retorno ao Brasil. Em contrapartida o Hernanes veio desacreditado e salvou o São Paulo do rebaixamento.

Por isso pra mim fica muito claro uma situação: o dirigente contrata o ídolo para tirar a responsabilidade das costas dele caso o time não engrene. Por isso depende do próprio atleta se conscientizar que precisa render para não sofrer no futuro as cobranças para ser o mesmo jogador de qualidade de antes. Ralf sofrerá com isso. Sheik também. Cabe a eles – e só a eles – reencontrar o caminho do sucesso.