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Foto: Agência Corinthians |
O zagueiro paraguaio Balbuena voltou a defender o companheiro de Corinthians Romero após a polêmica que o atacante se envolveu depois do clássico contra o Santos, no último domingo. Após desabar nas redes sociais, o defensor utilizou os microfones da imprensa para reclamar do tratamento recebido pelos paraguaios no Brasil.
Balbuena criticou a postura de comentaristas do programa de Rádio Estádio 97. As palavras xenofóbicas proferidas não agradaram o defensor e muito menos o atacante do Corinthians.
“Teve reações de alguns jornalistas tirando o foco do futebol e falando do nosso país. Logicamente ele se sente triste e até sinto dó dessa pessoa, esse tipo de comentário, zoeiras, críticas, como queiram, está afetando diretamente não uma família, mas todo um país. Se dirigir dessa forma a um país é muito grave. A zoeira tem limites”, disse Balbuena se referindo à comentários feitos no programa Estádio 97.
Na sequência, Balbuena criticou a postura do comentarista Edmundo. Um comentário feito pelo profissional do canal fechado Fox Sports entristeceu o zagueiro paraguaio.
“Respeitamos o Edmundo pela pessoa que é, foi jogador. Ele quis fazer uma graça, uma piada com jogador do Vasco, que não joga nada e parece paraguaio. A gente se sente triste. Não é que dói, mas fica chateado, mexe com nosso país, vamos defender até a morte sempre. Nosso país, raça, família. Se fosse do país de vocês, agiriam da mesma forma. O que falou foi por isso”, ponderou.
Por fim, Balbuena aproveitou para desabafar mais uma vez. O paraguaio analisa que erros e acertos de jogadores estrangeiros são tratados de maneiras diferentes quando o mesmo ocorre com atletas brasileiros.
“Quando a gente faz coisa boa, parece que minimizam. Se um brasileiro faz uma coisa, é maior. Se a gente faz algum erro, parece maior por ser estrangeiro. Se é o brasileiro que faz, minimiza. Nunca falei nada disso, não sei se é da nossa cabeça, as críticas no futebol são normais e a gente aceita, mas falar e mexer com nosso país e família passa dos limites”, finalizou.