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Foto: Globo Esporte |
O técnico Fábio Carille concedeu sua última entrevista coletiva antes de partir para o Al Wehda, da Arábia Saudita, seu novo clube a partir de agora. Em um hotel na cidade de São Paulo, o ex-treinador alvinegro explicou do porque deixar o clube no meio da temporada.
Entre outras coisas, Carille agradeceu a direção alvinegra, o presidente Roberto de Andrade, e também ao sheik que o contratou na arábia.
“Quero deixar minha gratidão à toda diretoria do Corinthians. Desde a primeira passagem, Mário, Roberto, Andrés, nove anos e meio de uma história de uma história que considera linda. Minha gratidão eterna a esse clube e também para o sheik que acreditou em mim e não mediu esforços para que eu vá para o país e ajude a revolucionar esse clube, um projeto grandioso, por isso a escolha”, disse Carille.
Perguntado se quando retornar voltaria ao Corinthians, o técnico admitiu a possibilidade, mas não descartou retornar para um rival do Timão. Carille, no entanto, não pensa em voltar ao Brasil tão cedo.
“Sou profissional, estou indo com a cabeça de ficar lá anos. A partir do momento que sou contratado, não penso em quando vou voltar. Estou indo para fazer história, desde o momento que assumo algo visto a camisa mesmo. Um dia, voltando, vou estar aberto à tudo. Quem sabe um dia, numa volta minha, o Corinthians não precise mexer. Sou profissional e vou escutar todos”, argumentou.
VEJA ABAIXO OS PRINCIPAIS TRECHOS DA COLETIVA DE CARILLE:
COMO FOI A NEGOCIAÇÃO?
“Quarta-feira da semana passada saiu uma enquete no mundo árabe. A partir do momento que um amigo meu que joga em Dubai me ligou, a princípio comuniquei algumas pessoas. Algumas delas a diretoria do Corinthians, porque se saiu lá ia sair aqui. Não houve protesto oficial, fiquei sabendo que desde o início não era a primeira opção. Se não acertassem, fariam a proposta oficial. No meio desse caminho procuraram meus empresários no final de semana, na segunda iniciaram essas conversas, foi de uma forma muito rápida, na terça de manhã ainda poucas coisas sobre isso, sobre essa equipe. As exigências que fizeram concordaram todas. Estão acreditando em mim, na ideia, nos próximos três anos querem ser uma potência no futebol.”
JOGO DE DESPEDIDA?
“Tudo que eu falei com a diretoria foi tranquilo, não quis mesmo, pela importância do jogo. Lembro que quando o Fabio Santos se despediu para ir para o México, o ambiente do vestiário ficou ruim quando ele apareceu, muitas pessoas chorando, ele, jogadores. Estamos classificados, mas uma vitória pode trazer benefícios, então joga o vestiário para baixo. Hoje ou amanhã devo falar com a diretoria e talvez fazer algo para a torcida. Sei que tem muita gente chateada, algumas entendem, mas estou em paz. Pensei muito.”
“Logo que chegou o documento ontem, a primeira pessoa que liguei foi o Duílio e descartei a possibilidade de seguir qualquer jogo. Se não estivéssemos classificados na Libertadores, não sei se tomaria essa decisão. Como está classificado na Libertadores para depois da Copa, está na Copa do Brasil, queria ficar entre os primeiros até a Copa e estamos em terceiro. Acho que seria mais negativo continuar até o fim do que deixar o caminho livre, pelo respeito, pelo carinho. Esta tudo encaminhado, é um profissional que já estava ali. Foi uma ideia minha de não dirigir o último jogo, de não ir no treino hoje.”