Lula, Bolsonaro, Maconha; Rodriguinho foge do clichê de boleiro e tem opinião forte

Danilo Vieira Andrade

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Divulgação

O meia Rodriguinho já deu demonstrações que não era um jogador comum tanto dentro, quanto fora dos gramados. Em entrevista ao UOL Esporte, publicada nesta terça-feira (08), isso ficou bastante evidente. Nas declarações, futebol foi o assunto secundário. Rodriguinho falou mesmo de política e assuntos relevantes na sociedade.




Apesar de não gostar do rótulo “esquerda ou direita”, Rodriguinho elogiou o governo Lula (PT) no Brasil. O meia, contudo, lembrou da suposta corrupção praticada pelo ex-presidente da república e condenou as atitudes, que segundo a Polícia Federal, levaram Lula à prisão.

“O PT fez muita coisa boa pelas pessoas menos favorecidas, por isso que se o Lula saísse candidato seria eleito novamente. Mas acabou sendo manchado pela corrupção. Por isso seria difícil apoiar uma coisa desse tipo”, disse Rodriguinho.

O candidato Jair Bolsonaro, representante da extrema-direita, também foi tema da entrevista de Rodriguinho. O meia discorda do discurso do presidenciável e acredita que o extremismo do não é bom para ninguém.

“Não é [bom] ser extremo, tipo Bolsonaro. Um cara que tem uma opinião forte e é muito julgado por isso também. Ser extremo não leva a nada. Eu acho que se conseguirmos achar um meio termo é bom pra todo mundo”, avalia Rodriguinho.

A reportagem do UOL lembrou Rodriguinho sobre a declaração do técnico Jurgen Klopp, do Liverpool, que se classificou de esquerda por estar “bem de vida” e desejar isso para todas as outras pessoas. O meia do Timão concordou com o treinador alemão.

“Se abster do que é bom para você e pensar nas pessoas que não têm as mesmas condições para todo mundo poder subir junto, isso é uma coisa legal que meu candidato, para eu votar, tem que ter”, revelou o meia.

Rodriguinho foi questionado sobre a liberação da Maconha no Brasil. O meia não quis entrar em polêmica, e pelo menos nessa questão, preferiu se abster. “Essa aí eu vou ficar fora. Essa aí já é demais”, afirmou.