![]() |
Foto: Rodrigo Gazzanel | Agência Corinthians |
Por: Danilo Vieira
Ao contrário do que disse o diretor Duílio Monteiro Alves pela manhã, a permanência do técnico Jair Ventura não é 100% bancada pelo presidente Andrés Sanchez.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava, Sanchez disse que nem ele próprio está garantido no cargo. Se isso não é um recado direto ao técnico Jair em tom de cobrança de bons resultados nos próximos jogos, o que é?
“Garantido nem eu estou, tem um monte de técnico sofrendo impeachment. Mas não é justo falar do Jair agora. Sabemos que tivemos problemas. Fora os erros de arbitragem, tivemos nossos erros também”, disse Andrés.
A pressão interna é gigante. Sanchez sabe que se os resultados não vierem nos próximos jogos e o Corinthians escapar do rebaixamento sofrendo, é quase impossível manter Jair. A pressão dos conselheiros deve ser grande não exclusivamente pelos resultados ruins do treinador, mas pelas oportunidades de mercado que irão aparecer. Mano Menezes pode aceitar uma boa proposta e deixar o Cruzeiro. Andrés é amigo pessoal do comandante celeste. Abel Braga também está à disposição.
“O Jair é o treinador do Corinthians. Os números são baixos, ele sabe que tá mal. Lógico que é ruim, ruim pra ele, pra mim. Todo mundo tem culpa, ele, eu, o jogador, o Duílio… o menos culpado é o torcedor. Tem o torcedor do WhatsApp, organizado, do estádio. Estão te ameaçando no WhatsApp, na rede social. Aí fica complicado. Quero ver time que ganhou mais do que a gente nos últimos anos, não dá para ganhar tudo”, disse ainda o presidente.
O próximo clássico costuma derrubar treinadores de ambos os lados há muitos anos. Se perder, Jair ficará sob risco eminente.
Facebook: danilovieiraandrade01