Falta um Herrera, um Jorge Henrique, um Romero…

Danilo Vieira Andrade

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Por: Danilo Vieira

O Corinthians é o time que mais recebe cruzamentos certos comparado aos outros 11 times considerados grandes do Brasil – clique aqui e veja.



Vejo muito torcedor caçando um único culpado. Discordo do caça às bruxas. Nem Henrique, nem Manoel, nem Avelar. A zaga corinthiana está exposta demais e, na minha visão, o problema também não é dos bons volantes Ralf, Júnior Urso e Ramiro.

Falta um Romero. É isso. Desde que mudou de patamar no período pré/durante/pós Ronaldo Fenômeno, existiu no elenco do Time do Povo um jogador que fazia o chamado ‘jogo sujo’. Aquele que se doa ao máximo pelo coletivo, que abdica do individual para o restante do grupo.

Eu me lembro perfeitamente do momento em que, ao menos para mim, o Corinthians virou a chavinha do rebaixamento e lembrou que era gigante de novo. Foi naquele 4 a 0 contra o Goiás, no Morumbi, pelas oitavas de final da Copa do Brasil 2008. Aquele time mostrou alma. Virou uma derrota em Goiânia por 3 a 1. Foi ali que surgiu um cara e um espírito no clube que alguns não dão o valor merecido. Ali surgiu Herrera.

O argentino deu o sangue naquela partida. Correu o jogo todo, fez gol. Durante toda a campanha da Série B continuou se doando pela equipe. Herrera, pelo menos no Corinthians, não fez jus ao apelido ‘quase gol’. Foram 23 gols em 59 jogos, números que o colocam na média de grandes atacantes que já passaram pelo clube.

Herrera foi embora em 2009, jogar no Grêmio. Não deu certo. Voltou a mostrar valor no Botafogo onde marcou 51 gols em dois anos.

Fato é que deixou sua marca no ataque corinthiano. Seu espírito de luta…

Jorge Henrique chegou pouco tempo depois para provar isso. Contratado junto ao Botafogo, o ‘motorzinho da Fiel’ deixava tudo em campo. Brigava por todas as bolas, marcava o campo todo, fazia gols, foram 30 no Corinthians.

Romero herdou novamente o espírito da raça. Ele mesmo diz publicamente que deu certo no clube pois entendeu ‘o que é ser Corinthians’. O paraguaio chegou em 2014 e demorou a virar titular, mas quando conseguiu nunca mais deixou o posto.

O Corinthians se acostumou com um jogador assim. É por isso que Carille queria tanto o Luan do Atlético-MG. Sem Romero, o Corinthians sente em 2019. Sofre.

As bolas cruzadas na área é claro reflexo disso. O atacante raçudo, que acompanha lateral e marca até o fim, não existe mais. Clayson está longe de ser um Herrera, Jorge Henrique, Romero. Vagner Love é um grande atacante mas não tem essa característica, apesar de brigar muito dentro de campo.




É muito difícil que você veja Pedrinho acompanhando lateral até o final do campo. Ele fará algumas vezes, mas seu negócio é partir pra cima, driblar, armar jogadas. O Corinthians, nesse momento, não tem o atacante que faz o ‘jogo sujo’. Ele é extremamente necessário para dar liberdade aos meias/atacantes de qualidade.

O Corinthians precisa de um novo Romero. Quase todos os gols sofridos pelo clube na temporada foram em bolas aéreas e isso não é só culpa dos laterais/zagueiros. O sistema defensivo está desguarnecido. Continuo insistindo em fazer um esforço a mais pela renovação do paraguaio.

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