Dia 17 de maio de 2013. Há exatamente sete anos, o Corinthians entrava no gramado do Pacaembu para enfrentar o Boca Juniors-ARG pelo jogo de volta das oitavas-de-final da Libertadores da América. O que o time de Tite e os mais de 40 mil corinthianos presentes no estádio não esperavam é que o Timão enfrentaria mais do que 11 jogadores. Enfrentaria também Carlos Amarilla, árbitro paraguaio que prejudicou e muito o Time do Povo naquela ocasião.
O contexto do jogo
Por ironia do destino, um ano antes, o Timão havia vencido o Boca na final da mesma Libertadores, conquistando o primeiro título de sua história do torneio. Porém, diferente da anterior, nessa Taça o Corinthians não estava mais invicto, tinha perdido o primeiro jogo em La Bombonera por 1 a 0. O alvinegro precisava do mesmo placar na volta para levar a decisão para os pênaltis ou de uma vitória por dois gols de diferença para se classificar diretamente no tempo regular.
O jogo
Sabendo da necessidade dos gols, o Corinthians começou o jogo indo pra cima do adversário. O time não tinha o mesmo encaixe da equipe de 2012 e a atuação não parecia tão segura quanto um ano antes. Mas a equipe de Tite mostrou um bom futebol naquele 14 de maio.
Logo no início de jogo, Sheik dominou a bola dentro da área e chutou. O zagueiro do time argentino, Marín, claramente deu um tapa na bola. O árbitro Carlos Amarilla não marcou o pênalti e ainda aplicou cartão amarelo em Emerson por reclamação. O zagueiro já estava amarelado e seria expulso caso a regra fosse aplicada corretamente.
Poucos minutos depois, aos 23 do primeiro tempo, Romarinho abriu o placar. Novamente Amarilla entrou em ação e anulou o gol completamente legal, alegando posição irregular do atacante. Daí para frente o time do Corinthians agiu no nervosismo, perdendo uma série de chances de gol. Para piorar, Riquelme ainda acertou um chute de fora da área e marcou 1 a 0 para os visitantes.
O Corinthians voltou para o segundo tempo e logo aos cinco minutos, na insistência de Paulinho, conseguiu empatar. A partir daí, o Boca foi Boca, em todos os sentidos que a afirmação pode trazer. Muita catimba e controle de jogo. O Corinthians não conseguiu repetir os feitos do ano anterior. Até tentou, quando Paulinho marcou um gol, mas o árbitro novamente anulou. Aos 36, Emerson recebeu na área e sofreu pênalti. Amarilla, outra vez, mandou o jogo seguir, revoltando os corinthianos novamente.
Após o jogo, o Corinthians mais uma vez tinha caído na Libertadores dentro de casa. Quem pensou que a torcida vaiaria o time, enganou-se completamente. Em uma clara demonstração de paixão e parceria, o torcedor alvinegro cantou alto e fez tremer o Pacaembu.
Em função dos erros claros de arbitragem, o Corinthians encaminhou uma série de reclamações para a Conmebol, sem sucesso. Mesmo com o ex-presidente da AFA, Julio Grondona, dando declarações suspeitas ao telefone.
“No fim, se saiu bem. Ninguém queria este louco de m…, e o maior reforço que o Boca teve no último ano foi Amarilla”, disse o ex-presidente em ligação telefônica, que a justiça obteve por meio de escutas.