O torcedor corintiano Emerson Osasco apareceu na grande mídia nos protestos do último dia 31 de maio, em São Paulo, quando sozinho enfrentou manifestantes apoiadores do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido). Poucos dias depois, ele foi demitido da empresa onde prestava serviços na multinacional mexicana Softtek, empresa de tecnologia com filial em Barueri.
Em entrevista ao portal UOL, o homem de 35 anos, que viralizou nas redes sociais com o punho serrado em frente à manifestantes bolsonaristas, lamentou a demissão e classificou o ato como “perseguição política”. “Após toda a repercussão, as imagens chegaram no meu serviço”, iniciou. “Há um tempo atrás eu trabalhava como quarteirizado para a empresa. No mês passado, fui absorvido para ser terceiro direto. Meu contrato era de seis meses, e eu só recebia elogios pelo meu trabalho”, continuou Emerson.
Ele ainda revela que a demissão veio após conversa com o gerente sobre os últimos protestos. “Ele acabou falando que foi porque eu estava na Paulista e mencionou um vídeo que eu tenho com o Lula. Vou entrar com uma ação na Justiça porque foi uma perseguição política. Ficou evidente para mim que foi por causa disso”, concluiu.
Procurada pela reportagem, a empresa Softtek afirmou que a demissão cumpre o código de ética da empresa. “Nossas políticas de RH cumprem os regulamentos e estão alinhadas ao nosso código de ética”.
Neste domingo (07), Emerson está presente nos protestos em São Paulo, organizados a partir do Largo da Batata.