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Foto: Reprodução |
Ao vivo no “Os Donos da Bola”, da TV Band, o defensor explicou o que fez para mudar seu pensamento nos últimos meses.
“Não, jamais me senti racista ou tive algum episódio. Fui infeliz naquele vídeo game, me exaltei num confronto contra um argentino. Quem joga esses jogos sabe que o ambiente é perturbador. Fui provocado e acabei utilizando as palavras de conotações racistas, fui infeliz, me envergonho, errei muito. Um simples pedido de desculpas não seria suficiente para melhorar a pessoa que sou”, declarou Avelar.
“O tema racismo é superior à essas coisas. Busquei informações, sai da bolha, fui conversar com pessoas que vivem isso diariamente. Fui entender o que eu, como homem branco, acabo cometendo deslizes. Estou fazendo um curso com uma pesquisadora negra, que me ensina sobre o tema, porque minha maior preocupação era o que eu iria ensinar ao meu filho. E eu comecei a entender que esse comportamento vem lá de trás, da escravidão, enraizado e temos que mudar isso. Eu tive que errar para me alertar e melhorar. Fui nas comunidades conversar com as pessoas, entender mais as dificuldades disso”, completou.
“De imediato a gente vê que ele está na nossa frente que não enxergamos, é estrutural. O racismo na brincadeira afeta as pessoas. Ao analisar tudo eu vejo que o maior problema é na parte educacional. Não fomos ensinados sobre a escravidão”, finalizou.
Perguntado sobre o cancelamento que recebeu por parte dos torcedores corinthianos, o atleta afirmou que sabia que isso iria acontecer, mas procurou buscar informações para mudar seu modo de pensar.
“Eu sabia que haveria cancelamento, mas de nada adiantava eu ficar rebatendo essas pessoas porque não tive a preparação sobre o tema. Errei, aprendi, busquei informações, sai da minha bolha para com o meu erro que as pessoas não errem também. A gente é falho, mas temos que evoluir”, explicou.
“O meu objetivo hoje é a causa. Muito mais importante que voltar a jogar futebol. Sei que as pessoas vão pensar o contrário, mas meu coração sabe que preciso melhorar como ser humano para evoluir”, concluiu.
“Sem dúvidas eu já me tornei uma pessoas melhor. Me tornei um instrumento de levar isso para outras pessoas. Não iria me convencer fazendo marketing só para ficar no clube. Tive que fazer algo para me tornar um ser humano melhor. Fui ver a realidade, me chocou muito, e realmente vivo numa bolha de uma minoria. Sou parceiro da CUFA hoje, quero levar para frente meu erro e aplicar para outras pessoas que vivem na mesma bolha que eu porque se a informação não chegar, as pessoas vão errar igual eu e eu não quero isso. É falar: não é bem assim, você sabe o que é racismo, sabe porque existe a desigualdade no país? Não é bem assim”, finalizou Avelar.
Hoje é aniversário do Fenômeno. Parabéns, maior jogador da história. ??? pic.twitter.com/X9C3XC9ExW
— É o Time do Povo – Notícias do Corinthians (@eotimedopovo01) September 22, 2021
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