“Muito fácil entender”, diz VP ao culpar cansaço por eliminação

Danilo Vieira Andrade

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O técnico Vítor Pereira concedeu entrevista coletiva após a eliminação do Corinthians diante do SPFC, no Morumbi, pelo Paulistão, e reclamou da desvantagem do clube alvinegro em relação ao rival no que diz respeito ao descanso dos atletas.

A equipe tricolor se classificou à semifinal na última terça-feira, enquanto o Timão bateu o Guarani na noite de quinta-feira, tendo apenas 66 horas de recuperação.

“Para quem jogou futebol, para quem está dentro da realidade do que ponto de vista fisiológico, é muito fácil entender que uma equipe que tem 67 horas de recuperação desde o último jogo, chega a uma semifinal e defronta outra equipe que tem mais dois dias de recuperação do que nós, não é preciso abrir o livro da sabedoria para perceber que a diferença do estado em que nossa equipe chegou é totalmente diferente, em termos de intensidade”, analisou Vítor.

“Fisiologicamente, está completamente fora de questão recuperar para um jogo em 67 horas. Para além da experiência, de alguns jogadores que não há dúvida têm uma certa idade e que têm qualidade, sem dúvida nenhuma. Mas para evidenciar a sua qualidade precisam estar no mínimo recuperados”, concluiu.

“É fácil entender que hoje defrontaram duas equipes, e lamento não termos a oportunidade de defrontar o São Paulo nas mesmas circunstâncias. Não conseguimos recuperar, chegamos a este jogo cansados, muito mais cansados do que eles, portanto nós equilibramos com mudança do sistema na segunda parte, e com muita vontade e espírito de equipe fizemos um gol e criamos duas grandes oportunidades. Os jogadores foram bravos, tentaram, tentaram, tentaram. Mas de fato, é impossível jogar com qualidade quando o tempo de recuperação foi totalmente diferente”, finalizou o treinador.

O presidente Duílio Monteiro Alves também falou com a imprensa na zona mista do Morumbi e apontou o cansaço como fator determinante na eliminação.

“No jogo de hoje, não é desculpa, mas o Corinthians teve 66h de intervalo de uma partida para a outra. O adversário teve dois dias a mais. Isso faz diferença, é físico, fisiológico, mas acontece”, disse o presidente.

“Fizemos boas partidas com o Vítor, mudamos totalmente a forma de jogar, é um futebol mais intenso, mudou o dia a dia do trabalho. Era melhor se tivéssemos um mês, mas não é possível. Já vimos muitas diferenças”, completou.

Renato Augusto também falou após a partida e pediu paciência para a equipe entender a metodologia do treinador.

“Não é fácil. Temos pouco tempo, uma semana mais ou menos. Vamos ter uma semana de trabalho para entendermos e ele tentar mostrar o que ele quer, como sair jogando e pressionar. Vamos fazer isso sem testes porque já temos Libertadores. Temos que ser inteligentes para entender o que o mister quer”, declarou.