VP alerta para possíveis derrotas e revela elogio à Fiel em preleção

Danilo Vieira Andrade

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Após a vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa-RJ e a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil, o técnico português Vítor Pereira concedeu entrevista coletiva na Neo Química Arena e comentou sobre os próximos compromissos do Corinthians.

Os próximos dois compromissos do Corinthians são contra o Internacional, no sábado, fora de casa, pelo Brasileiro, e diante do Boca Juniors (ARG), na terça-feira que vem, no La Bombonera, pela Libertadores. VP alertou o time para possíveis derrotas. “Os homens distinguem-se pela capacidade de se levantarem e irem à luta de novo”, disse o treinador.

“Vamos nos preparar para esses dois jogos, se perdermos o primeiro lugar temos que reagir nos treinamentos, não podemos perder e cair. Não vamos ganhar sempre, mas temos que ter o hábito de ganhar. Gosto de olhar para a minha equipe quando perdemos para levantá-los um pouco. Os homens distinguem-se pela capacidade de se levantarem e irem à luta de novo. Temos que ser assim, esse é o nosso espírito”, declarou VP em coletiva.

Perguntado sobre a boa fase da equipe mesmo com peças se modificando a cada partida, Vítor Pereira comentou sobre o princípio básico do time que é pressionar o adversário quando perde a bola. Na visão dele, essa missão independe de formação e atletas.

“Um dos princípios, por exemplo, é pressionar quando perdemos a bola. E tanto faz a formação, porque é um princípio assumido pela equipe. Eu não vou pedir para não pressionar nos treinos quando mudo o sistema. A questão não é essa. Uma equipe que quer manter o nível competitivo, e o futuro é esse, precisa de jogadores inteligentes. Jogadores que, jogando por dentro ou fora, o que o sistema exige na mudança da função”, explica VP.

“Ganhar tem que se tornar um hábito. O empate tem que ser algo que nos deixa sem dormir. Só se o empate nos permitir uma classificação. É essa que tem que ser a mentalidade, tem que fazer parte do nosso DNA. O hábito de vencer. E isso é algo que vai se construindo, essa mentalidade mais agressiva vai se construindo”, concluiu.

Vítor Pereira ainda fez questão de destacar a pressão da Fiel em Itaquera. Os 35 mil alvinegros presentes em Itaquera foram pautas da preleção antes do jogo.

“Para ser honesto, quem nos transmite confiança é a torcida. Na palestra pré-jogo, antes de entrarmos no gramado, eu disse para eles: “O clube vendeu 35 mil ingressos em uma quarta-feira, 21h30, com as pessoas tendo que trabalhar no dia seguinte, contra um time da Série D… Como é possível nós não correspondermos em termos de entrega?”. Em termos de qualidade, às vezes, não é possível. Mas a entrega, a paixão, o respeito, nunca podemos falhar nesse aspecto. A intenção de entregar de corpo e alma dentro do jogo nunca podemos deixar de ter”, revelou VP.

Perguntado sobre como enxerga o futuro do Corinthians no segundo semestre, o treinador foi sincero na resposta. Apesar de manter o tom otimista, ele sabe que o calendário brasileiro é duro e pode prejudicar a equipe.

“Eu vou ser o mais honesto possível. Eu não faço a mínima ideia. Agora, que eu acredito que se tivéssemos um pouquinho mais de tempo, a forma que eu gostaria que minha equipe jogasse é intensa e dinâmica, do ponto de vista ofensivos, e com uma transição defensiva forte, para ganhar a bola no meio-campo. Foi assim que me eduquei a vida toda. Eu tive a oportunidade de, quase sempre, jogar por títulos. Desde a base do Porto eu tive jogadores de qualidade. O Porto foi um laboratório onde experimentei tudo. Me permitiu jogar sempre com a bola, sempre para ganhar títulos, com uma transição agressiva, e foi assim que fui me educando. Eu gosto das equipes dominantes. Acontece que aqui no Brasil não podemos ser dominantes sempre. Nós estamos crescendo em relação a isso. Mesmo quando somos dominantes, estamos controlando. Quando não conseguimos pressionar, já estamos com problemas lá atrás”, analisou Vítor