O confronto entre Corinthians e Vasco programado para o dia 30 de julho, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2023 será com a Neo Química Arena sem público.
Isso porque o clube foi punido nesta quinta-feira (06) pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, por conta dos cantos homofóbicos no clássico contra o São Paulo.
Cabe destacar que a punição poderia ter sido cumprida contra o RB Bragantino, mas o clube conseguiu efeito suspensivo. Agora, não há mais recursos ao Corinthians.
“O clube não identificou nenhum torcedor num estádio moderno com todas as possibilidades para dizer “olha, vai ficar 720 dias sem entrar na praça desportiva”. De nada adianta fazer publicidade e marketing contra homofobia no telão para 45 mil pessoas se as pessoas não respeitam”, disse a Procuradoria, representada por Rafael Bozzano.
O Corinthians, representado pelo advogado Daniel Bialski, tentou impedir a punição. “Não necessariamente existe dolo a se dizer “isso é homofobico, de extrema gravidade”. Não é de extrema gravidade. Não tem dolo. É canto para provocar time e incentivar o outro time. Muito diferente de caso de racismo, como aconteceu com o Vini Jr lá fora. Ali houve dolo, chamando o jogador de macaco”.
José Perdiz, presidente do STJD, também comentou. “Frequentei arquibancada em estádios antigos. Antes, nós tínhamos cultura distinta, mas a vida agora é diferente, o respeito é diferente. Existe hoje patamar de respeito mútuo muito maior, do que podia ser considerado de pequena ofensa, uma piada. Por isso o tribunal tem mudado seu patamar. A legislação também mudou. Estão todos totalmente atentos a isso”.
"É inaceitável", disparou o comentarista do "Os Donos da Bola"https://t.co/3yssFQ1Dbn
— É o Time do Povo, é o Coringão (@eotimedopovo01) July 6, 2023