A tragédia estava desenhada, mas poderia ter sido evitada

Roberto Zanin

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O título do artigo é estranho, mas explico.

A chance desse Corinthians perder qualquer jogo é grande. E aumentou quando vi a mídia anti propagar que a tarefa seria facilitada porque os argentinos jogariam com o time reserva.

E aumentou mais ainda quando vi que o lado esquerdo da nossa defesa seria composta por Raul Gustavo, o pereba estabanado, entregador e com fio desencapado e o fraquíssimo Hugo (o adjetivo engloba tudo).

E a tragédia se desenhou logo no primeiro lance. Torres não conseguiu cortar o passe e o atacante rival ficou de frente para Cássio.

E é nessas horas que um goleiro do Corinthians (seja quem for) tem que fazer sua parte. Se o cara chuta no ângulo e fura a rede, paciência. Caso contrário, como aconteceu no lance do gol, o arqueiro tem que defender.

Mais uma falha do ídolo.

Já falei aqui que o que amplifica as falhas do Cássio é a maneira como ele reage a esses erros. Ele, que já tem entrado em campo com cara de quem está de saco cheio, quando falha transmite essa energia negativa para todo o mundo, isso quando não comete mais falhas por estar desequilibrado (como no jogo contra o Juventude).

Nosso elenco foi mal montado. Já disse isso. E nesse cenário, quando não temos centroavante (Yuri e Pedro Raul muito fracos), fiquei curioso para ver o trio PH, Romero e Wesley.

O time deu a impressão de que melhorou no segundo tempo. Passei a acreditar no empate e que seria possível evitar a tragédia anunciada.

Mas no meio do caminho havia um Raul Gustavo. Havia um Raul Gustavo no meio do caminho.

Juro que quando vi o pereba ser empurrado e se chocar com a placa, tive certeza que ele iria arrumar confusão. Só não imaginei que ele seria tão nóia, tão sem noção, que agrediria o bandeira.

Se dentro do campo ele só prejudica, Raul Gustavo vai ajudar na globalização da marca Corinthians. Essa imagem ridícula vai rodar o mundo, de tão bizarra que é.

Acabaram ali nossas chances de empatar o jogo. E ainda caiu do céu uma oportunidade para Cacá fazer o gol, mas nosso amigo não soube cabecear a bola no canto.

A cereja do bolo foi a trágica declaração do Cássio depois do jogo.

Além do vitimismo já visto em outras entrevistas, o ídolo alfinetou os colegas de ataque (imperdoável para um líder).

Ídolo Cássio, do ataque não esperamos nada.

De você, sim. Esperamos e precisamos que você defenda chutes como o do gol.

E se o ataque não fizer gol e você não tomar gol, empatamos. Não perdemos.

PS. Ah, Fagner, não me esqueci das coincidências que acontecem com o senhor. O jogo fica pegado, o senhor toma cartão amarelo sabendo que não voltará para o segundo tempo, e, daí, fica no banco vendo os colegas se expondo às derrotas.

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