O dilema de Rubão no Corinthians

Marco Bello

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O diretor de futebol Rubens Gomes vive um verdadeiro dilema dentro do clube.

Atualmente, Rubão, como é conhecido por todos, não possui função específica alguma no clube.

Quem faz o trabalho que antes era exercido por ele hoje é o executivo Fabinho Soldado.

E aqui cabe uma explicação que causa confusão em muita gente.

AFINAL, QUAL A DIFERENÇA?

Quando um presidente é eleito, ele precisa nomear diretores estatutários para diversas áreas: jurídico, financeiro, esportes terrestres, etc… e também futebol.

Portanto o diretor de futebol é um cargo estatutário – está no estatuto do clube – e é um cargo NÃO remunerado.

Para ser diretor estatutário, seja de futebol ou qualquer outra área, é preciso ser sócio do clube.

Na administração passada, o ex-presidente Duilio Monteiro Alves tinha como seu diretor de futebol estatutário o também ex-presidente Roberto de Andrade.

No final do mandato de Duílio, Roberto saiu e o cargo ficou vago.

Além do diretor não remunerado, o presidente do clube pode contratar profissionais remunerados para qualquer área do clube, inclusive o futebol: é o executivo.

O executivo de futebol no Corinthians hoje é Fabinho Soldado. Ele é funcionário do clube, contratado e REMUNERADO.

E O QUE FAZ CADA UM

A confusão acontece porque a nomenclatura utilizada muda a cada ano praticamente. O executivo de futebol da gestão passada, Alessandro, era chamado de gerente de futebol. Ele ocupava exatamente o mesmo cargo, remunerado, que hoje é exercido por Fabinho Soldado.

Enfim, desde que o executivo foi contratado, Rubão viu sua força diminuir bastante. Não participa mais de contratações, não gere o dia a dia do clube, não discute renovações nem salários de atletas.

O que ele faz então? Aí é o X da questão. Teoricamente, nada. Mas é claro que Rubão tem seus afazeres, que lhe são definidos pelo presidente. Ele pode representar o clube em viagens, pode conversar com dirigentes de outros clubes para falar sobre regulamentos de competições, etc.

É um cargo político. Rubão é um político do clube. Não é um cargo técnico.

Ou o diretor de futebol aceita os afazeres que lhe são passados pelo presidente, sejam eles poucos ou muitos, ou começa a ficar incomodado e pode até deixar o cargo, fato que já aconteceu muitas vezes no passado.

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