Desabafo de António sobre não ser “milagreiro” é destaque em jornal português

Danilo Vieira Andrade

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Após a classificação do Corinthians às oitavas de final da Copa do Brasil, o treinador António Oliveira expressou suas opiniões contundentes em uma coletiva de imprensa, destacadas pelo jornal português “A Bola”.

Oliveira enfatizou a singularidade de cada jogo e criticou comparações simplistas que não consideram as variáveis envolvidas no futebol real.

“Não há jogos iguais. Contra o Fluminense passámos sufoco? Não, claro que não. Contra o Argentinos Juniors passámos sufoco? Estamos a falar de um jogo que foi há sete dias e foram os mesmos jogadores, portanto, não há jogos iguais, porque os adversários são diferentes, colocam-nos problemas diferentes e temos que arranjar as melhores soluções. Isto aqui não é PlayStation nem Football Manager. Estamos a lidar com pessoas, independentemente de investimentos. A nossa obrigação perante o América era passar. Estavam à espera de quê, de um 10-0?”, declarou Oliveira, sublinhando a imprevisibilidade e os desafios únicos de cada partida.

O técnico português também abordou as críticas que sua equipe recebeu, defendendo o desempenho dos jogadores e a qualidade do futebol apresentado. “Sou treinador de futebol, não sou milagreiro, mas aquilo que os jogadores têm feito tem sido de grande qualidade e deve ser valorizado e não arranjar aí situações para criar mais o pânico porque quando uma equipa cria 30 finalizações não é porque teve grande dificuldade. Se uma pessoa for intelectualmente honesta, percebe que a quantidade de vezes que a bola era bloqueada batia em toda a gente, acabou por bater e entrar no fim. A vitória foi merecida, um dia vamos ganhar 3-0, outro dia vamos ganhar 2-1. O importante aqui é ganhar. Porque se ficar 0-0 vão criticar na mesma. O importante aqui é ganharmos porque as vitórias trazem-nos confiança”, completou.

O Corinthians volta a jogar na terça-feira (28), diante do Racing (URU), pela Sul-Americana.

Foto: A Bola