Horas depois de a CBF atender o pedido do Flamengo e em seguida ao justo protesto do Corinthians, o Timão foi prejudicado pela arbitragem e perdeu para o SPFC.
Para os jogadores do Corinthians, todo o rigor. Para os tricolores, nem tanto.
Tapa do argentino número 9 no Ramalho? Segue o jogo.
Cotovelada de Arboleda no Romero dentro da área? O VAR não chama.
Cotovelada de Alan Franco em Yuri Alberto quando estavam 11 contra 10, o VAR não chama e a Globo, estranhamente, não exive replay do lande.
Mas, com tudo isso, nossa sorte teria sido melhor se Fagner, mais uma vez, não colocasse o time na roça.
Acusado de ser o último remanescente da panela dos medalhões, o rechonchudo lateral, sabendo que já tinha cartão amarelo, pisou no tornozelo do adversário dentro da área. Agora o VAR trabalha. Segundo amarelo; expulsão.
A derrota começou ali.
Não é a primeira vez. Em 2020, em pleno Dérbi, Fagner meteu bisonhamente a mão na bola para evitar um gol rival (detalhe: a bola iria para fora) e foi expulso. Outra derrota.
A verdade é que conhecemos 3 “Fagneres” no Corinthians.
O primeiro, em 2004, aos 17 anos, que subiu da base e, num piscar de olhos, foi fazer a vida na Europa.
O segundo, de 2014 a 2018, vimos aquele lateral raçudo, vigoroso, que nos representou.
E o terceiro é esse, que está no clube desde o final da Copa de 2018: indolente, burocrático, quase sempre aparentemente fora de forma, marcado pela arbitragem, mas que mesmo sabendo disso, dá motivo para expulsões.
E como prêmio desse pacote de serviços, o veterano, aos 35 anos ganhou renovação de contrato até o final de 2026! A preguiça compensou.
André Ramalho também deu sua contribuição para a derrota no clássico. Não poderia dar chance para o árbitro expulsá-lo. O juizão viu o lance, no campo, e, na hora, decidiu não dar cartão.
Chamado pelo VAR, rigorosíssimo pró-SPFC, mais um vermelho.
O time foi guerreiro, mesmo com 2 jogadores a menos, mas não deu.
Fica a lição: em rota de colisão com a CBF, os jogadores alvinegros devem ter, a partir de agora, inteligência emocional e não dar brecha. Os apitadores estarão prontos para punir. E nossa diretoria precisa exigir respeito à Confederação Brasileira de Futebol. Não para que nos ajudem. Mas para que não nos prejudiquem, como hoje.