Sou daqueles que encaram as coletivas pós-jogo como o capítulo final de cada partida.
Principalmente nas derrotas. Afinal, quem sabe o treinador diga o que vimos no jogo e indique como podemos melhorar para a próxima partida.
E foi com ansiedade que assisti à coletiva de Ramon Diaz depois da vergonhosa atuação do Corinthians e dos 3 a 0 contra o Barcelona de Guayaquil.
Ansiedade, aliás, que aumentou depois da arrogante entrevista de pai e filho na classificação contra o Mirassol (nada mais do que a obrigação), quando ambos deram respostas curtas e ríspidas.
E a coletiva no Equador foi mais vergonhosa que a atuação do time.
O argentino, para se defender, disse, nas entrelinhas, que a torcida deve muito a ele, pelo simples fato de ter salvado a equipe do rebaixamento no ano passado.
“Quando cheguei aqui, o time estava em último lugar (mentira. Estava no Z4, mas não em último) e a torcida chorando, me pedindo para salvar a equipe.”
Ora, seu Ramon. Você e seu filho devem achar que apesar da ótima estrutura, da melhor arena das Américas e da melhor torcida do mundo, o Corinthians é um time de segundo escalão.
E pior: que a nossa torcida é igual a do River Plate, que “chora” quando o time está mal.
Parte da torcida, já conhecida como “fiel histeria”, já dava o rebaixamento como inevitável. Mas choro, medo e lamúria não fazem parte do DNA do corinthiano.
Eu teria demitido você logo após a entrevista.
Mas enquanto você faz hora extra, pelo menos escale o time direito.
Espere o Bidon ter o corpo de um atleta adulto para escalá-lo, principalmente em jogos mais pesados.
André Ramalho só joga bem na formação com 3 zagueiros, e você deixou o cara no banco.
Hugo, o lateral, não pode mais ser escalado.
E o senhor, por favor, tenha peito para cobrar do Memphis dedicação compatível com o salário que ganha.
Obrigado pelo trabalho do ano passado, que (redundância) já passou.
E, por enquanto, obrigado por nada em 2025.