Por: Danilo Vieira
Torcedores do Corinthians, 20 deles mais precisamente, protestaram mais uma vez contra o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, dessa vez em Brasília. O protesto na Avenida Paulista durante manifestação bolsonarista, no domingo anterior, motivou a nova movimentação dos alvinegros.
O protesto aconteceu no último domingo (17) e teve início ainda em São Paulo. É o Time do Povo conversou com dois corintianos dos 20 que estavam presentes no protesto e eles explicaram como ocorreu a manifestação. O primeiro deles, ouvido pela reportagem, terá o nome mantido em sigilo.
“No ato da Paulista estávamos lá. Combinamos o ato de Brasília na sub-sede. No domingo ganhou forma e proporção. Batemos o martelo de ir no domingo seguinte”, disse
“Fizemos a faixa no mesmo padrão do ato da Paulista. Deixamos claro que era apartidário e sim do que está refletindo no país. Hoje, nossas ideologias estão tentando ser conturbadas. Onde futebol e política não se mistura, como querem pregar. Fomos exercer um ato político, democrático, como cidadãos brasileiros e torcedores do Corinthians”, completou.
O torcedor também conta onde a faixa “Somos Democracia” foi estendida durante os protestos. Os 20 corinthianos estiveram no Superior Tribunal de Justiça (STF), no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional e encontraram manifestantes bolsonaristas nos atos.
“Estendemos nossa faixa na frente do Superior Tribunal de Justiça (STF), alguns apoiadores deles (bolsonaristas) olharam e não falaram nada. A polícia ficou olhando, sem entender muito. Tiramos a foto na frente do Palácio do Planalto e depois no Congresso Nacional tiramos outra foto. Depois ficamos na frente do acampamento dos 300 (grupo de apoiadores de Bolsonaro) por volta de uns 30 a 35 minutos. Estendemos a faixa na frente deles de frente para provocar mesmo. O agressor da enfermeira quando nos viu foi para dentro do carro e ficou mexendo e fingiu que não era com ele”, contou. “Quando saímos eles começaram a gritar: viva a democracia numa maneira de deboche pra gente”, concluiu.
Por fim, ele ainda lembra da história de luta dos torcedores do Corinthians durante o período de Ditadura Militar no país do futebol.
“O momento do país pede isso. União das forças. Que a manutenção da democracia seja garantida. O mais importante disso tudo é a Fiel Torcida, como mais uma vez, assim como aconteceu na década de 1970 com a faixa da “anistia ampla, geral e irrestrita”, assim como aconteceu na “Diretas Já”, o “Protesto da Merenda”, em São Paulo, há poucos anos. Agora, quando se pede fechamento de STF, quando o presidente não precisa dar satisfação pra ninguém, manda e desmanda, é importante demais a participação do povo. Mais importante é a Fiel Torcida junto. Para mostrar para o povo que por mais que vivemos de futebol e Corinthians, coisa que todo mundo ama, tem paixão, se dedica, mas não é produto de alienação pra ninguém. Não é pão e circo. Estamos atentos a tudo que aconteceu. Num momento que parece que estamos na guerra fria, temos que ficar de olhos bem abertos”, finalizou o torcedor.
Um integrante da Gaviões da Fiel de Brasília também esteve no protesto do último domingo e falou com a reportagem. Ele ressalta que o movimento acontece por conta do “grande caos que está acontecendo no país”, lembra que a movimentação é apartidária e afirma que “como brasileiro não pode aceitar um ditador”,
“Nós vimos o momento dos manos de São Paulo e também começamos a nos movimentar por isso. Somos um grupo de amigos que se reúne sempre e assiste os jogos juntos. O motivo do movimento é devido ao grande caos que está acontecendo no país. Um presidente despreparado que quando é pra trazer soluções faz pouco caso, faz intencionalmente as coisas parecendo que planeja algum tipo de golpe. Lutamos para que isso não aconteça e sigamos para o modo democrático onde o povo que é soberano sobre essa corja de políticos. Estávamos lá apartidários, como Gaviões, uma torcida fundada para lutar contra um ditador. Trazemos esse lema para a própria vida, como brasileiro, de nunca aceitar um ditador”, disse Inacio.
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Torcedores do Corinthians protestam em frente ao Palácio do Planalto / Foto: Arquivo Pessoal |
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