Kazim é apresentado no Corinthians e se anima: “Era meu sonho”

Danilo Vieira Andrade

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O inglês naturalizado turco Colim Kazim foi apresentado nesta quinta-feira no CT Joaquim Grava. Novo atacante do Corinthians, o jogador será dupla do centroavante Jô e falou em “sonho realizado” ao ser apresentado na sala de imprensa do CT.

Entre outras coisas, Kazim falou do futebol brasileiro, de amigos dentro do futebol e de seu estilo dentro de campo. Ele também classificou o Timão como “o melhor clube das Américas”.

Foto: Globo Esporte

CONFIRA ABAIXO OS PRINCIPAIS TRECHOS:

PRIMEIRAS PALAVRAS:
“Eu senti que meu objetivo era ajudar o Corinthians quando buscaram minha contratação, porque é o melhor clube das Américas para mim. Era meu sonho, sonho do meu pai, que adora o futebol brasileiro, gosta de Zico, Romário, Ronaldo Fenômeno. Aqui é uma coisa diferente, especial. Meu jogo é o jogo do corintiano, porque eu morro pelo meu time.”

“Agora não é mais sonho, é realidade. It’s real”, disse Kazim, misturando o inglês com o português em suas respostas.

DESEJO DA FAMÍLIA:
“Meu filho comprou essa camisa do Corinthians e não tirou. Dois dias e não tira. Minha esposa nasceu em São Paulo. Tudo deu certo para eu jogar aqui. Eu tenho paixão, coração, tenho tudo para jogar aqui. É um grande fator dizer que sou jogador para meu time, eu morro por essa camisa, entende?.”

PROBLEMAS SOCIAIS DO BRASIL E APELIDO DE “GRINGO DA FAVELA”.
“Favela é uma coisa única no Brasil. Mas eu conheço os problemas, tive amigos presos, cidade ruim, família pobre, meu pai trabalhava em três trabalhos. Eu dei sorte de ser um jogador. Para mim, ser um gringo da favela, é normal. É para mim, para minha família, para a torcida do Corinthians. Jogo futebol há 13 anos. E antes disso eu não tinha comida, chuteira, tênis, trabalhei forte. Eu quero jogar aqui, gosto do time. É o gringo da favela. Não que eu more na favela, i’m not from da favela, but I understand, eu vi os comentários, eu entendo.”

“Jogo futebol há 13 anos. Antes disso eu não tinha comida, chuteira, tênis, trabalhei forte. Hoje sou o gringo da favela”, acrescentou.

AMIZADE COM FELLIPE MELO:
“Não tenho amigos no futebol. Se eles me batem em campo eu bato também. O Fellipe Melo também é assim. Antes do jogo é ‘Deus abençoe’, mas dentro de campo não tenho amigos. Somos grandes amigos, ganhamos um título no Galatasaray. Desejo o melhor para ele, mas estou aqui.”

DETERMINAÇÃO EM CAMPO:
“Se falarem para ser atacante, lateral, qualquer posição, eu respeito e tento dar meu máximo. Eu sou um jogador de equipe, eu ajudo, mentalidade para ganhar três pontos em 90 minutos.”

RECADO PRA FIEL:
“Vai Corinthians’ já aprendi. ‘O gringo é da favela’. E ‘sou da Fiel’. Já aprendi tudo isso sobre o Corinthians.”