Mano diz que equipe precisa “construir mais para Yuri” e justifica fala sobre Cuiabá

Danilo Vieira Andrade

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O técnico Mano Menezes concedeu entrevista coletiva após a derrota do Corinthians diante do São Bernardo com um jogador a mais em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Paulista de 2024.

Mano explicou a ira com Yuri Alberto no momento do lance em que o chamou de “burro” no segundo tempo da derrota em São Bernardo. O treinador criticou a imprensa sobre a repercussão do caso e ainda disse que as palavras sobre Raniele, na segunda rodada, que causou revolta no Cuiabá, foram mal interpretadas.

“A gente não descontextualiza, quem quer fazer tumulto. As palavras são fortes no futebol, mas nos abraçamos porque sabe que a cobrança não é pessoal. A atitude pode ter sido burra naquele momento, uma falta de ataque, com um homem a mais. Sempre é atitude, não a pessoa. Quem deu meio chutinho sabe que é assim. Vamos continuar falar da pessoa do futebol, aí se quiser fazer reality show, vai para outra coisa. Estamos acostumados com a repercussão da rede social. Era em Cuiabá, não no Cuiabá, lá de Cuiabá, esse foi o termo que usei com o Raniele”, declarou Mano.

Na sequência, o treinador saiu em defesa do camisa 9 que passa por má fase e vem sendo muito criticado pela Fiel Torcida. Na visão de Mano, a equipe precisa construir mais para Yuri Alberto.

“O abraço é porque o Yuri tem se dedicado muito, é um cara que se doa para a equipe e está vivendo um momento de dificuldade. É neste momento que a gente tem que estar ao lado dele. Cobrar duro, mas dar carinho. É assim, faz parte do trabalho do treinador. Nossa equipe precisa construir mais para ele, é um jogador que depende desta construção. Se a gente olhar o jogo em si, o Yuri não errou nada. Com um homem a mais e jogando 90 e poucos minutos, o seu centroavante precisa receber bola em uma condição melhor, e é uma obrigação nossa como equipe”, analisou Mano.

MAIS DECLARAÇÕES DE MANO:

REPERCUSSÃO DAS REDES SOCIAIS
“A gente está acostumado com a repercussão da rede social. Você fala ‘em’ Cuiabá e escrevem ‘no’ Cuiabá. Era em Cuiabá, e não no Cuiabá. Estava me referindo a um chute de longa distância, por isso usei o termo ‘em Cuiabá.’ Mas tudo faz parte de uma derrota e tem que aumentar a derrota.”

O QUE FAZER PARA SAIR MAIS GOLS?
“Se a gente ver direito, uma jogada com Romero foi bem feita, e as outras duas jogadas de perigo foram bolas de cabeceio de dois defensores, uma do Félix Torres e outra do Raniele. Precisamos encher mais a área para criar dificuldade para o adversário, pegar a sobra de uma bola… eles, com méritos, controlaram bem isso. Neste aspecto, a gente já pode fazer melhor independentemente da construção da equipe.”

CLÁSSICO CONTRA O SPFC NA TERÇA
“O jogo de terça vai colocar duas equipes em estágios diferentes, é unânime. O São Paulo tem uma equipe pronta e nós estamos em reconstrução. Quando o juiz apitar, ninguém vai querer saber disso, e não vai ser a primeira vez que uma equipe mais estruturada é vencida por uma que está sendo montada. O que temos que construir para igualar isso é ter uma ótima capacidade de competição, uma organização, baixar nosso nível de erro junto com o nosso torcedor — que é brilhante e tem demonstrado nas últimas semanas ao colocar 80 mil pessoas em dois jogos da categoria de base. Tudo isso vai ser nossa força na terça-feira. Temos que unir tudo isso para igualar um jogo e lutar sempre pela vitória que é nossa obrigação como sempre fizemos.”