O passar dos anos me deixou com um pé atrás com os jogadores.
Eles juram amor hoje, vão embora amanhã e processam o clube depois de amanhã.
Mas a coletiva de apresentação do Alex Santana quebrou minhas pernas.
Emocionante demais ver a surpresa que fizeram, chamando o sr. José Amorim Santana, pai do jogador, para entregar a camisa ao filho.
Lágrimas e abraço genuíno, com direito ao afago da esposa e dos filhos.
Vi simplicidade, sinceridade e corinthianismo ao ver o Sr. José, sentado ao lado do filho na mesa das coletivas.
“Cada vez que o Corinthians perdia, a gente sofria”, lembrou seu José.
Com certeza, enquanto sonhava com uma vida melhor, a família Santana sentia, nas vitórias do Timão, a felicidade que o cotidiano lhes negava.
O menino Alex se tornou jogador, a bola da vida rolou, e eis, que de repente, o filho do seu José passa a envergar o manto que a família sempre venerou.
Ao contrário de outros boleiros, que se diziam corinthianos mas, na prática não nos representaram, Santana será um de nós dentro de campo; alguém que sabe o tamanho e a beleza disso tudo.
A chegada da dupla Ramon e Emiliano Diaz, que desde o início se identificou com o corinthianismo, mais a real possibilidade de novas receitas, mais o início do trabalho do CEO, mais algumas boas contratações que estão vindo, parecem fazer a balança das notícias pesar para o lado bom.
Sinto e espero que esse dia seja a virada de chave, que marque o início de um novo Corinthians. A Fiel merece.