O jornalista Antero Greco, dos canais ESPN, e colunista do Estadão, escreveu um texto enaltecendo o feito do Corinthians no Campeonato Brasileiro.
Após a vitória por 2 a 0 diante do Palmeiras, clube do coração do apresentador e comentarista, as qualidades alvinegras foram enumeradas pelo colunista. Ele classifica a equipe de Carille como: “Tão ajustada, tão regulada, tão eficiente, tão consciente do que quer e como fazer que dá até raiva!”.
Por fim, Antero falou das previsões furadas sobre o Corinthians. “Entra rodada, sai rodada, todo mundo prevê a queda do Corinthians. E ela não vem. Ao contrário, só aumenta a gordura”.
A vitória sobre o Palmeiras deu ao Corinthians 35 pontos em 39 disputados no Campeonato Brasileiro. Líder e invicto, o Timão joga novamente no sábado, diante do Atlético-PR, na Arena.
VEJA NA ÍNTEGRA O TEXTO
Meu amigo, o Corinthians está tão ajustado, tão regulado, tão eficiente, tão consciente do que quer e como fazer que dá até raiva! Raiva para os adversários, que tentam de tudo e, ao menos nas 13 primeiras rodadas do Brasileiro, não sabem achar o caminho para derrotá-lo. Não é por acaso que lidera com uma folga absurda e aproveitamento que beira 90%.
Esse time cirúrgico, preciso, econômico e letal fez uma vítima de peso, nesta quarta-feira: foi ao Allianz Parque e lascou 2 a 0 no Palmeiras. Não só mateve a invencibilidade, como foi a 35 pontos e praticamente tirou um rival do caminho para o título. A não ser por uma improvável reviravolta, é bom o atual campeão nacional concentrar-se em Libertadores e Copa do Brasil.
O que se viu em campo foram duas situações claras e distintas: de um lado, o Corinthians certinho, a comportar-se como uma equipe com estratégia e tática definidas. De outro, um Palmeiras sob pressão e que agiu como um bando a correr pra cá e pra lá. Até ficou mais tempo com a bola nos pés, o que não significou absolutamente nada. Deu raros chutes a gol, não arrancou um suspiro da torcida. Não sujou o uniforme de Cássio.
O Corinthians teve a escalação habitual, que se repete desde o Paulista. Nenhuma surpresa, nenhuma mudança “para adequar-se ao jogo”. Mais um sinal de autoconfiança extraordinária, de quem tem ciência de que a preocupação é dos outros e não dele. Duas estocadas milimétricas resultaram nos gols – no pênalti sobre Arana convertido por Jadson, na etapa inicial, e no gol do próprio Arana, na segunda.
E o Palmeiras? Apareceu com mudanças na defesa (retorno de Dracena e Egídio), no meio-campo (Guerra de volta) e com o ataque formado por Roger Guedes, Dudu, Willian. Coordenação frágil, nervos à flor da pele, falta de criatividade e ausência de pontaria.
A vantagem alvinegra desmoronou a turma verde. Cuca ainda apelou para a entrada de Zé Roberto, Keno e Borja, mexeu um monte, como colocar Guedes na lateral, Mina à frente quase como centroavante, Keno e Dudu aberto pelos lados. Foi uma bagunça generalizada. E só. O Palmeiras afundou.
Entra rodada, sai rodada, todo mundo prevê a queda do Corinthians. E ela não vem. Ao contrário, só aumenta a gordura