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Dentro das quatro linhas, Rogério Ceni talvez tenha sido um dos goleiros mais competentes do futebol brasileiro. Fora delas, porém, a competência nunca se equivaleu.
Dito pela maioria dos jornalistas esportivos e torcedores rivais como alguém ‘prepotente e arrogante’, isso, talvez, tenha se confirmado na noite de segunda-feira após a vitória do São Paulo por 2 a 0 sobre o Avaí.
Em entrevista ao programa Bem, Amigos!, do canal fechado SporTV, Rogério Ceni ‘alfinetou’ o técnico Tite, e ironizou o zagueiro Rodrigo Caio – que estava ao seu lado -, sobre o lance protagonizado pelo defensor e o corinthiano Jô, na vitória por 2 a 0 do Timão em pleno Morumbi, na semifinal do Campeonato Paulista. Na ocasião, o são-paulino avisou o árbitro que havia sido ele o responsável pelo pisão no goleiro tricolor e não o camisa 7, advertido pelo árbitro com cartão amarelo, e que ia ficando de fora do confronto de volta da mesma semifinal, na Arena, uma semana depois.
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| Reprodução: SporTV |
“Minha posição ela não é tomada em frente às câmeras, depois de analisar tudo. Ela não é tomada no ar-condicionado. É tomada na hora do jogo. Com relação ao ato do Rodrigo Caio, quando ele falou para mim, quando fez menção ao não cartão, para mim, o Jô empurrou o Rodrigo e podia ser punido. Talvez o Rodrigo e o Tite sejam pessoas melhores que eu. Dentro do calor do jogo, com objetivo sempre da vitória. Só não confundam, por favor, quando você, Luiz Carlos, falou de um mundo sem corrupção, tanta gente que está sendo questionado politicamente. Não comparem um ato de um cartão amarelo com política. Seria injusto com ele e comigo. No dia do jogo, perguntei se ele sabia que o Jô tinha dois cartões. Mas é muito fácil falar de um treinador com oito jogos e oito vitórias na Seleção. Se eu fosse treinador da Seleção, eu o levaria pelo futebol que joga, não pela atitude de tomar um cartão, porque senão daqui a pouco cada um que acusar cartão tem que se convocado”, ironizou Ceni.
Rodrigo Caio, contudo, mostrou mais uma vez a mesma postura, e em tempos tão turbulentos do país onde a ética ficou esquecida, deu exemplo novamente.
“Fico feliz com as palavras do treinador da Seleção. Orgulho ser elogiado por ele, pessoa que todos admiram. Sobre o que aconteceu, faz parte do passado. Não me arrependo do que fiz, o que foi ali foi no momento, fiz algo que foi normal, não pensava que ia dar essa repercussão toda. Faz parte do passado e não deixou mal estar nenhum. Cada jogador tem uma opinião e a gente tem que ser a favor disso, cada um pensar de uma forma. Bola pra frente, cada um com sua consciência e a minha ficou muito tranquila”, afirmou Rodrigo.
