O erro no clássico entre Corinthians e Palmeiras, realizado na quarta-feira passada, não foi o único drama vivido pelo árbitro Thiago Peixoto nos últimos anos de sua vida. Aos 37 anos, o jovem profissional da Federação Paulista de Futebol sofreu duros golpes em sua vida pessoal.
Nascido na cidade de Barretos-SP, Thiago divide sua vida de árbitro com a de personal trainer, isso porque a arbitragem não é profissionalizada no país.
Acontece que a vida do árbitro começou a mudar totalmente a partir de 2011. Thiago perdeu sua mãe, Neide Maria, vítima de um câncer. Cinco anos após a morte, a esposa Gabriela Maia contraiu o vírus H1N1 com seis meses de gestação e não correspondeu aos medicamentos. Ela não resistiu e também morreu. Ela estava gravida, e os médicos tiveram que antecipar o parto da criança no sétimo mês.
Gabriela, esposa de Thiago, faleceu em 2016 | Foto: Reprodução |
“Sei da qualidade dele, e nós aceitamos as críticas construtivas. Mas o que entristece é quando duvidam da idoneidade do meu filho. Ele errou, e todas as críticas são bem-vindas. Não é porque é meu filho, mas ele é bem preparado e está buscando seus objetivos. A vida segue”. disse Onilson Carlos Duarte Peixoto, pai de Thiago, ao portal EL PAÍS Brasil.
Onilson comentou a tragédia familiar que abalou a família. Os dois se aproximaram após as mortes de mãe e esposa de Thiago.
“Enquanto eles moravam na capital, eu ficava quase um mês por aqui (Barretos) e só uns quatro ou cinco dias por lá. Depois do que aconteceu (morte da mulher de Thiago), é o contrário. Fico muito mais lá do que aqui. A gente se uniu muito”, revelou.
“Se acabarem com a carreira dele, ele vai ficar frustrado, assim como eu. Mas não por muito tempo. Depois de tudo que passou, ele é capaz de superar isso também”, completou.