Após a partida entre Corinthians e Linense realizada em Itaquera, no sábado, válida pelo Campeonato Paulista, alvinegros e policiais militares protagonizaram cenas de conflito nos arredores do estádio.
De um lado, a Fiel torcida alega que que os torcedores estavam apenas protestando e gritando palavras de ordem contra a repressão policial, como “polícia opressora!”. A PM por sua vez, diz que foi obrigada a reagir contra uma ofensiva dos membros da organizada Gaviões da Fiel, utilizando bombas de gás e cassetetes para dispersar a multidão.
Em nota oficial, o Corinthians esclareceu que repudia qualquer forma de violência e ainda solicitou esclarecimentos do ocorrido junto a polícia militar. Além disso, a diretoria citou que está agindo para solucionar esse tipo de problema.
Um dos poucos defensores defensores da torcida na mídia, o comentarista da ESPN, Antero Greco questionou a atitude do policiais.
“Confronto pra mim eu acho que é um termo que está errado. Isso que aconteceu não é confronto. Isso é polícia que vai pra cima de torcedor, vai bater. Confronto é quando dois brigam juntos. Isso é claramente uma diferença de forças. Um tem cassetete, bombas e vai pra cima. Os outros estão ali correndo. Acho que está na hora de parar isso daí. Deixa o torcedor se manifestar. Eles tem direito de se manifestar”, disparou Antero.
Recentemente a torcida corintiana tem realizado diversos protestos durante as partidas do time. Faixas com frases impactantes estão sendo exibidas com frequência nas arquibancadas. Uma delas diz “cadê o dinheiro da merenda?” (relacionada a um esquema de fraude em licitações de merenda escolar em 22 cidades do estado de São Paulo). Além disso, outras faixas que protestam contra a Federação Paulista, contra a CBF e até contra a exclusividade nas transmissões das partidas por parte de uma emissora de televisão são comumente avistadas no meio dos torcedores.